Modelo brasileira que tinha os maiores seios do mundo tenta se matar
Opinião do blogueiro no final da matéria.
Sheyla, que sofre de transtorno bipolar, está em depressão após retirar os implantes de silicone que a fizeram tão conhecida. Por recomendação médica, a brasileira, que é casada com um americano e mora no Texas, nos Estados Unidos, teve que fazer uma nova operação para tirar as próteses por conta de uma forte infecção.
Segundo Derik Hershey, marido da modelo, Sheyla dizia que se não aceitava sem os grandes seios:
- Sem os meus seios eu me sinto feia. Sem eles eu não sei quem sou.
Derik afirmou ainda que ela está em coma e que os médicos não sabem quando ela vai acordar.
A capixaba, que já foi até estrela de um reality show, corre risco de morte.
Fonte: O DIA
Blogueiro
Como profissional da área de saúde sempre tentei alertar sobre os exageros. Os distúrbios de personalidade causados por baixa estima vem gerando morte prematuras em mulheres que, infelizmente, se deixam seduzir pelas maldosas campanhas de culto a beleza.
Num país tropical como o Brasil as pessoas costumam andar com poucas roupas devido ao clima. No RJ, então, o culto ao corpo e sua forma é amplamente explorado pela mídia e setores ligados ao corpo. Não é à toa que o Brasil é o país com maior número de academia só perdendo para os EUA.
Em SP não há tanto culto ao corpo devido ao clima. O problema é que as autoridades públicas nada fazem quanto a panaceia do corpo simétrico. Aliás, o patrão de beleza feminina está ficando masculinizada, deformada pelo uso de botox e cirurgias plásticas.
Pior ainda é que tais deformações parecem não sensibilizar as pessoa que desejam ardentemente e a qualquer custo parecer bela.
Mas não são somente as mulheres que se arriscam. Os homens estão caindo nas seduções das “indústrias da felicidade”. As ocorrências de homens ficando deformados e morrendo por complicações ainda são menores.
A distorção da imagem pessoal é consequência de um distúrbio emocional que a pessoa tem de si mesma. Frustrações, complexo de inferioridade, narcisismo. Há compensações para outras área que possam ser “resolvidas” mais rapidamente. O descontentamento com algum segmento da vida da pessoa passa a ser solução quando se compensa com transformações corporais.
Uma vez me deparei com uma situação. Uma amiga tinha emagrecido e começou a reclamar que os homens não estavam a olhar mais como antes – a mulher tem muito disto de competição entre elas. “Os homens gostam de bunda, quadril largo”.
Perguntei-a: “você quer um homem que lhe deseje pelo corpo ou pelas suas qualidades”?
Concordo que um corpo esguio é mais “atrativo” aos olhos – isso na minha preferência porque atualmente parece que o padrão nacional é mulher com seios grandes e nádegas vantajosas –, mas não é tudo numa relação contínua. A ilusão de um corpo “belo” (conforme o gosto de cada um) eterno é prejudicial, pois o corpo – física quântica – é matéria condensada, isto é, não é por menos que a matéria vai se decompondo porque a energia verdadeira é a não condensada. Por isso há envelhecimento, decomposição da matéria. Estou falando de física quântica. Há outras explicações sobre matéria em cada doutrina seja a biológica, a química.
Logo, não se prenda apenas ao corpo. Este até pode ser trabalhado com exercícios físicos e alimentação saudável. Mas a relação duradoura exige mais que corpo e passa a ser secundário. O que importará é a condição de respeito, parceria, solidariedade, amizade e importância entre o casal.
Não se prenda a noticiários de que o homem gosta daquilo e disso ou que a mulher goste de algo. Seja verdadeiro em suas posturas, seja empático – respeitador, solidário, compreensível, conciliador, amigo. Se a pessoa traiu por questão de corpo, então já não serve porque vive na ilusão do corpo belo eterno. Não se deixe enganar com os comerciais e pesquisas formatadas para vender produtos, pois querem transmitir insegurança e vender seus produtos “milagrosos”.
Há pessoas sem perna, braço e mesmo assim conseguem se relacionar. E não vá pensar que são ricas. Nada disso. E se há pessoas que ficam com as demais pessoas pela situação financeira já são pobres de espírito e viverão, com certeza, na infelicidade de jamais poderem amar plenamente a vida e a si mesmas.
