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O fracasso dos relacionamentos atuais II

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Muitos vivem idealizando o parceiro (a) ideal. Em muitos casos há projeções de ideias sem se ater ao realismo dos fatos. As projeções quando muito fortes cegam a pessoa que vê o que deseja.

Em cada etapa da vida - e não precisa ser meses, anos – todo e qualquer ser humano muda, constantemente. Não se trata de não ter personalidade, pois esta não encerra imutabilidade; se assim fosse o ser humano não estaria no grau evolutivo que se encontra. Os acontecimentos inesperados são bons, pois faz com que a pessoa repense sobre suas ideologias, manias.

Cada qual tem uma imagem pessoal do que seja o (a) parceiro (a) ideal como se fosse algo que pudesse manejar ao aperto das mãos a uma massa de moldar. Contudo todos os seres humanos têm vida própria, não são objetos inanimados. Esse é um dos muitos enganos que leva o relacionamento fracassar.

Há pormenores que podem dar ideia de como a pessoa é, mas é no restrito convívio a dois que cada qual se conhece e passa a conhecer a outra pessoa. Por que passa a se conhecer? Pode parecer algo sem fundamento, mas quanto mais estreitos os laços nos relacionamentos humanos, mais o ser se observa para agir ao meio em que se encontra. Desse meio, com suas prerrogativas de comportamentos nos relacionamentos interpessoais, força, indiretamente, cada indivíduo se auscultar.

Pessoas que moram só têm manias que vão se moldando com o passar dos anos e de acontecimentos. Esses acontecimentos, dependendo da forma no qual a pessoa soluciona em sua mente, pode levar ao isolamento ou ao convívio social. A cada etapa da vida da pessoa há alegrias, frustrações. Geralmente, quando há frustrações, algumas pessoas tendem a se isolar ou serem mais minuciosas nas escolhas de parceiros (as), contudo, tais critérios de seleção amorosa poderão ser mais proteção do que querer se relacionar. O dizer “não presta” pode ser transferência de relacionamentos passados aos atuais. Por mais que haja similaridades cada pessoa é única, independente de religião, sexo, convicções políticas.

Algumas pessoas associam outras pessoas pelos hábitos ou tipo de frequência a um lugar. Ora, mesmo em locais onde há reunião de pessoas, e mesmo que sigam a mentalidade coletiva, não se pode dizer que há cem por cento de aceitação. Cada pessoa tem seu entendimento. Pode até frequentar, mas não quer dizer que concorde plenamente com os fatos apresentados. E é nisso que muitos se enganam quando admitem a pluralidade de pessoas em concordância plena com o meio.

Príncipe ou princesa vão se formando no imaginário e a pessoa pode achar que tal pessoa ou situação é que condiz com a felicidade plena. Como dito, as pessoas mudam constantemente seja humor, convicção política etc. Pode levar meses, anos. Não quer dizer que uma pessoa mude totalmente, mas no decorrer de suas vivências vai tendo outros modos de pensar: alguns mudam os conceitos, outros fortalecem os ideais.

Momentos, eis a chave.

1) Uma pessoa que está se exercitando para emagrecer. Sente-se feliz com o que se propôs. Há um olhar e se vê outra pessoa que tenha o mesmo atuar.

2) Certo indivíduo tem a mentalidade de ser o melhor no que faz. Encontra fortuitamente uma pessoa que engrandece o ego;

3) Uma mulher passa por um período ruim na vida dela. Depara-se com homem que diz belas palavras encorajadoras e renovadoras a ela.

Enfim, gostos, ocasiões, etapas. Em muitos casos, a soma dos acontecimentos associados a uma única analogia pode desencadear o conceito de “eternos, até que a morte os separe”. Assim, seguem-se os relacionamentos em muitos casos, e a gravidez indesejada, que fazem as pessoas se unirem.

Com o passar do tempo cada qual vai desnudando um ao outro. As cortinas das ilusões, das projeções e transferências caem ao solo da realidade. Cada qual se torna apenas humano, este ser dotado de inteligência e sentimentos. De carne e osso, cada qual se vê diante de outro ser vivo que tenta sobreviver, emancipar-se, aperfeiçoar-se, participar do convívio social, de manifestar pensamentos, opiniões.

Relacionamentos duradouros assim existem graças à comunicação, respeito, consideração, ajuda, solidariedade, compaixão, ternura. É saber que cada qual tem seus defeitos e qualidades, que mudar, quando bom para ambos, é dosar a intolerância egocêntrica.

E quando termina, apesar de todas as tentativas?

Não se pode dizer que um falhou ou ambos falharam. Na intrigada complexidade da mente e das emoções humana, não há o dizer “perdedor (a)”. Quem não deseja um amor eterno? Há “gurus” do amor que se dizem capazes de perpetuar os romances com suas fórmulas “milagrosas”. Podem alguns unir por mais tempo alguns casais, mas é o coração que dita às regras. Há casos de dissolução de relacionamento sem quaisquer intrigas, apenas o ver que não há mais o compartilhar do mesmo teto. Há muitos casais que se tornaram verdadeiros amigos demonstrando que há realmente amizade entre homens e mulheres.

Nesses casos não há fracassos, mas dissoluções de convívio apenas. Pode-se dizer que relacionamentos verdadeiros ultrapassam a ideia de casamento, pois sobrevivem ao decurso dos tempos. Contudo, os relacionamentos que terminam pela imaturidade emocional, ou seja, quando há egolatria, dita, sim, o comportamento perturbador do próprio ególatra. Em muitos casos, os defeitos são dos outros, e somente dos outros. Quando uma pessoa age assim, os relacionamentos são vistos como bons até que dure o que somente quer ver e ter na outra pessoa em conformidade com suas projeções pessoais.

Leia mais em Pergunte ao BILAU

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