Os valores familiares contribuem para a personalidade do filho (a) que poderá ser empática ou apática. O meio social também influencia na formação psíquica e espiritual do novo ser. Mas são os valores (ensinamentos, atos aos filhos) que terão a máxima importância para a formação dos próprios filhos. Quando falo “pais” também me refiro a qualquer pessoa que cuide, crie a criança.
Mas será que os pais tem tanta influência na personalidade dos filhos que estes justifiquem os próprios comportamentos cujo adágio popular diz que “filho de peixe, peixinho é?”
Exemplo:
Digamos que há um pai violento – agride o filho fisicamente e com palavras ríspidas -, diz que mulher nenhuma vale nada, que riqueza se consegue através da corrupção, que amigos não existam.
Essa persuasão segue-se da infância até a adolescência da criança. De certa maneira o filho, quando adulto, apresenta as mesmas ideias e comportamento do pai. Poderíamos dizer que é genético? Que a forma de ensinar do pai teve a máxima influência? Que o filho jamais poderia ser uma boa pessoa (empático)?
Vamos analisar:
1) Qualquer espírito é livre para construir o próprio destino;
2) O meio influencia tanto negativamente (ser apático), quanto positivamente (empatia);
3) Existe a índole da pessoa;
Nos três aspectos vemos que há segmentos, mas que não se podem dissociar.
Então fica a pergunta:
- Filho de peixe, peixinho é? Ou seja, o filho sempre será análogo ao pai?
Não.
Qualquer ser pensa e, por isso, tem a capacidade de discernir sobre os próprios comportamentos. Existem ainda a índole e o desejo ou não de mudar. Essa é uma característica diferente dos seres irracionais: a capacidade de pensar, cogitar, alterar a personalidade.
1) Sendo o espírito livre para construir o próprio destino é ele dotado de forças interiores para escolher o que deseja ser como pessoa e a forma de interagir na sociedade;
2) O meio influencia tanto negativamente (ser apático), quanto positivamente (empatia): mais uma vez tem o espírito vastas informações devendo ele discernir, querer se aprofundar em cada informação que surge e, assim, conhecer o que seja realmente melhor para si;
3) Existe a índole da pessoa: e é ela a formadora a própria índole. Ou se deixa conduzir pelo pensamento de grupo (modismos, histerias), ou se emancipa do seio grupal e passa a ter consciência de si, da vida, do que sejam os relacionamentos e como se relacionar de forma a ter um convívio harmonioso.
Se as influências do pai e da sociedade fossem de tal ordem imodificáveis estaríamos admitindo que cada ser (alma) não tem caráter e personalidade próprios.
Seria admitir que gêmeos jamais tivessem personalidades diferentes porque a genética dita às regras.
