Atualmente homens e mulheres reclamam.
Mas quem tem razão?
Antigamente, tempo de nossos avôs, os relacionamentos duravam.
Vários motivos:
1) Sexo era mais difícil;
2) A sociedade cobrava tanto do homem quanto da mulher o casamento e filhos;
3) A mulher não tinha liberdade de expressão. Era apenas uma dona de casa e reprodutora, mães dos herdeiros do chefe de família (homem);
4) Ficar solteiro era visto como pessoa intolerante, pessoa apática.
E atualmente?
Tanto o homem, e mais ainda as mulheres, têm liberdades de escolha: solteiro, noivado, casado; ter filhos ou não.
Os padrões culturais mudaram e novos conceitos de relacionamento se formaram.
A liberdade sexual dá facilidade de se relacionar sexualmente. Não há culpa se fizer solteiro (a).
A virgindade não é mais uma exigência para casar. Em muitos casos até vista como anormal.
A vida passou ser mais atribulada concorrendo para diminuição nos relacionamentos interpessoais. As pessoas chegam cansadas, o estresse é visível. O diálogo passou ser diminuto e até expressão de aborrecimento. Intolerância.
Sim. Um novo conceito de relacionamento surgiu. Tabus e dogmas do passado foram perdendo força. As pessoas têm mais liberdade de se expressarem. Cada qual tem a liberdade de conhecer o próprio corpo, viverem novas sensações, ficar com qualquer tipo de parceiro indiferente a cor, nacionalidade, etnia.
Mas com está liberdade que vemos, qual o motivo dos relacionamentos não durarem?
Intolerância! O momento é de reflexão de ambas as partes. Um relacionamento não pode ser vivido sob medo, imposições, chantagens, superioridades, egolatria.
Deve ser vivido em comum acordo. Cada qual tem algo a transmitir. Cada pessoa tem qualidades, que muito desconhecem dentro de si.
Dialogar não precisa de horas, dias, datas. Precisa de respeito, compreensão, tolerância, acreditar na pessoa.
Atualmente ninguém aceita mais mentiras. Com a liberdade que se tem de escolher e ficar com alguém as pessoas querem um relacionamento sólido, maduro.
Contudo o pilar será sempre a tolerância e a capacidade de empatia de ambos. Pois sexo é fácil, ficar com alguém também. Então, qual a finalidade de morar com alguém? Compartilhar momentos e confidências com uma pessoa? De casar?
Ainda há pessoas, infelizmente, que usam o casamento como forma de adquirir bens, sair de casa, conquistar a pessoa que tem STATUS, possui dotes genéticos desejáveis.
Não. Ninguém é mercadoria. O ser humano confunde ficar com outro ser humano como comprar algo e depois não querer mais. Por isso há uma legião de pessoas que não acreditam mais no amor, companheirismo, fidelidade.
Um relacionamento se desgasta por vários motivos, mas um é centralizado: intolerância.
A intolerância representa o sufocar, controlar os passos, não respeitar as ideias alheia, achar que as próprias ideias são mais relevantes que da outra pessoa.
Presente? O que vale dar um relógio caro senão há um simples atendimento de um pedido para mudar um armário? O que vale comprar um lingerie senão há o perguntar como foi o dia e o que pode fazer para acalmar?
Simples atos, nos momentos certos, expressão a verdadeira essência que se tem a outra pessoa.
Quantas pessoas têm tudo que a vida pode dar quando se tem boa condição financeira, porém sentem-se vazias. O vazio se deve a falta de simples atos: beijo, carinho, respeito, gratidão, compreensão, simplicidade.
Não acreditem em minhas palavras. Perguntem as pessoas que tem muito dinheiro. O que elas realmente querem e falta. Estou falando de pessoas empáticas e não apáticas. Há extrema diferença.
A primeira sente vontade de se relacionar com outros seres humanos. A segunda vive somente nos prazeres que convém a ela. Tipo a personagem da novela "A Favorita" das oito da rede globo (Flora)
