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Sensível diferença

Sensível diferença
 
Você é feliz? Antes de responder a esta pergunta, perceba o verbo dessa oração. Aqui a indagação é se você é feliz e não se você está feliz por um motivo qualquer. Muitos, prontamente responderão que são felizes; outros não. Contudo, algo que deve ficar bem claro é que existe uma grande diferença entre você ser feliz e você estar feliz. 

Quando alguém nos pergunta se é felizes devemos pensar no contexto geral de nossa vida, não apenas em felicidades ou alegrias momentâneas já vividas, pois a felicidade não se restringe a momentos, por mais especiais que sejam, mas em todo decorrer de nossa vida. 
E como tem sido a sua vida? Olhando tudo o que já passou, você pode dizer com convicção que é uma pessoa feliz? Ou você é daqueles que simplesmente já viveu ocasiões que lhe trouxeram contentamento? O que você entende por felicidade? Se você não a tem, o que lhe falta? O que te faria uma pessoa realmente feliz? 

Muitos, sem perceber, buscam a felicidade em motivações erradas. Em um bem material, por exemplo. Mas bens materiais acabam, e quando isso acontece, a felicidade da maioria vai embora com ele. Por isso se vê legiões de pessoas consumistas, comerciais incentivando “comprar para ser feliz”. Na verdade, os incentivadores do consumismo estão pensando apenas nos lucros não se importando com a famigerada indústria de destruição dos recursos naturais, poluição, etc. Buscam persuadir a mentes com a frase “ter para ser”; “você precisa disso, senão não conseguirá fazer aquilo”; “isso dará poder de STATUS e você será famoso”. Existe uma grande diferença em “ter” e “funcionalidade”. Por que ter um carro off-roade se não sai do bairro asfaltado, quanto mais não há tempo para sair com ele pelos congestionamentos? É. A indústria do consumismo irá dizer: “mas possua, pois quando tiver a oportunidade você já tem o carro”. Isso se chama persuasão, e é muito usado pelos habilidosos publicitários – que estudaram e estudam sobre comportamento humano e aplicam as teorias psicológicas. Mais tarde virá outro comercial: “nova versão”; e o que se vê de “novo” é apenas um friso de cor diferente. Apenas um exemplo entre muitos.

Se este for o seu caso, reflita sobre o assunto à luz da Palavra. 

Os bens materiais são necessários, não há contestação. Assim como a força do trabalho é necessário para fornecer a sobrevivência cotidiana. Todavia, trabalho ou emprego, não encerra apenas ganhar dinheiro, representa oportunidade de criar, imaginar, buscar novas fronteiras, se conhecer, escolher o que se deseja para a própria vida, o tipo de profissão que se deseja; interagir socialmente, ser empático. Aliais, o que as grandes empresas procuram em seus funcionários? 

A felicidade é a nossa força motriz. É ela que impulsiona alguém a querer viver ou não. Uma pessoa que se considera infeliz não vê motivos para viver, sonhar, fazer planos e ter objetivos de vida. Ela pára no tempo. 
Devemos sempre lembrar também que para sermos felizes precisamos contribuir para a felicidade dos outros, pois a felicidade não é egoísta, ela se importa com os que estão ao redor. Ela se prontifica a ajudar aos outros a serem felizes, e não simplesmente a terem momentos de regozijo ou prazer. 
Para ser feliz é preciso que haja esperança em nós. E esta só pode ser alcançada quando se planeja, sonha; sorrir para os pequenos detalhes desta vida; quando se agradece pelo dia que teve mesmo que turbulento, pois o crescimento interior começa por buscar caminhos, soluções, mesmo onde se pensa improvável. É querer o bem de todos: uma sociedade mais justa; é olhar para um familiar e desejar sucesso na vida socioeconômica e amorosa; é não ter inveja, mas trabalhar para conseguir; é o acreditar que sempre haverá possibilidades; é um gesto amigo, seja um “oi”, “boa noite”, palavras de encorajamento, auto-estima. 

É o não acusar os defeitos, porém ajudar a mudá-los para virtudes; é compartilhar momentos alegres; é ver que a vida por mais turbulenta que seja sempre haverá pessoas a querer ajudar; que as pequenas tarefas “sem importância” representam oportunidades de se conhecer, compartilhar momentos com os semelhantes, e que estes pequenos atos “sem importância”, poderão se transformar em grandes atos futuros, criar novas amizades, oportunidade de emprego, etc. 

Estar feliz é ter alegria em determinados momentos, mas ser feliz é uma opção de vida. 

E a família? Do que ela realmente precisa? O que se pode dar a ela?
Eis as indagações de muitos. Há uma legião que trabalham exaustivamente para dar conforto material à família. Nobre, mas repensar novamente é preciso. Até que ponto vale o sacrifício da ausência em detrimento do conforto material? E será realmente que este conforto dado não representa ganância? Há uma diferença entre querer conforto e ter poder: ganância.

Seja o homem ou a mulher, ou ambos, desejam ter e dar o que não tiveram. Quem passou necessidade não deseja mais e não quer para os filhos. Suprimem a dor com exaustivo trabalho de horas e horas. Todavia, a que custo? Ausência acaba distanciando o convívio, os laços, o amor do calor humano.
Mais uma vez retornaremos a frase: estar feliz é ter alegria em determinados momentos, mas ser feliz é uma opção de vida.
Quantas pessoas abriram mão de ótimos empregos para conviverem mais com a família? E por que assim procederam?
Por que a maior riqueza que uma pessoa pode possuir é estar perto da família, senti-la, compartilhar cada etapa de cada familiar.
Escolhas que cada qual faz. Lembro de um amigo que trabalhava com ações. Ganhava muito bem e tinha ótima vida socioeconômica. Porém quase não tinha tempo para a família. Quando queria agradar os filhos dava dinheiro para se entreterem. A ausência era total. O trabalho sugava o tempo, os diálogos familiares.
O que fazer? Não tenho respostas para tudo, porém acredito que tempo é a capacidade de se importar, procurar meios de se aproximar. O cansaço pode existir, mas a superação deste cansaço acontece quando se vê o sorriso do filho, da esposa.
E cada membro familiar deve ter também a capacidade de sentir o momento de ajudar quem está cansado, exausto. Discernimento. 
A felicidade não se compra, não há poção milagrosa. Ela existe em cada ser quando se tem a visão de que cada ser humano é imperfeito.
Está felicidade começa pelo saber que as pessoas querem paz, e às vezes não sabem como encontrá-la. 

Um abraço, um beijo, olhar o mar, criar um projeto arquitetônico, etc. Não importa. São os pequenos gestos feitos com satisfação que devemos engrandecer e considerar o diamante eterno. Esses pequenos gestos começam dentro da família. A saber, que somos imperfeitos, que cada qual possui uma sabedoria, vivência de vida. Não importa qual conhecimento se tem, nenhum é tão valioso quanto o outro. Diferentes, mas completam o ser humano. 
O ser humano é formado por duas vertentes: inteligência e emoção. Há pessoas que só possuem inteligência; outras, só emoções; e há aquelas que possuem ambos. Não importa. Todas têm qualidades, lições, conselhos, capacidade de aprender, ajudar. 

Há pessoas que tem ótima memória, capacidade intelectual acima da média. Há outras que possuem apenas a sensibilidade emocional.
Inteligência-emocional!
Não importa. E ninguém pode dizer que é mais capacitado que o outro. Seria uma inverdade. 
Cada ser é único, mas precisa do convívio humano. E graças a este convívio as diferenças permitem a cada ser humano se conhecer, desenvolver-se tanto intelectualmente quanto emocionalmente.

As modernas teorias psicológicas afirmam que o ser humano é uma inteligência-emocional. Separá-los é condenar o ser humano ao fracasso, estagnação. Sem esses mecanismos o ser humano não evoluiria em artes, ciência, filosofia, etc. Ainda estaríamos empurrando rodas em vez de andar de carro. 
 
Mais uma vez esbarramos em como encontrar a felicidade. Sim. Pois compreender a essência humana, a história humana, o porquê das diferenças, as limitações, e as próprias limitações é a chave para a certeza de um convívio feliz.
Lembrem-se, tudo é ao seu tempo, mas o ser humano sempre será. 
  
Por que há pessoas mais felizes que as outras?
Isso não existe, pois felicidade é algo relativo até certo momento.
Mas indubitavelmente a maioria dos seres humanos deseja:

1) Saúde;
2) Dinheiro;
3) Conforto;
4) Satisfação conjugal;
5) Satisfação profissional.


Saúde: para agir sem depender de ninguém, poder ser útil a si mesmo, movimentar-se livremente, superar-se, ser útil socialmente.
Dinheiro: adquirir bens para a sobrevivência (torná-la mais prazerosa), facilitar a vida, mecanismos que possam ser útil para um fim. É uma casa, uma máquina para facilitar o trabalho manual, um GPS para encurtar o trajeto; um computador para estar ciente dos acontecimentos mundiais, pesquisar, etc. Enfim, num mundo capitalista o dinheiro é essencial para adquirir.
Conforto: alívio que se sente por algo que possa relaxar, proporcionar segurança.
Satisfação conjugal: compartilhar momentos, saber que tem alguém em quem confiar; construir um lar e poder transmitir valores, pensamentos, sentir segurança e saber que terá proteção quando idoso;
Satisfação profissional: sentir-se útil, ter ganhos que possam proporcionar qualidade de vida; expressar idéias.

Dentre tudo isso é certo a principal necessidade de felicidade: paz de espírito, paz no relacionamento interpessoal. 



 
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