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Ciência , religião e magia – Curas pela fé

Mais uma matéria sobre Ciência , religião e magia. Se gostar, divulgue.

Ciência , religião e magia – Curas pela fé

A religião e a religiosidade existem desde os primórdios da humanidade. No livro Eram os deuses astronautas? há uma demonstração do que seja a fé e sua existência. Em certa ilha havia seres humanos vivendo como verdadeiros nômades. Avistados, o piloto e os tripulantes do monomotor resolveram pousar ali.

Posado o monomotor, tripulação e piloto saíram ao encontro dos habitantes da ilha. Assustados, ambos os grupos, do avião e dos habitantes da ilha, ficaram em alguns instantes se olhando. Passados alguns minutos, ambos começaram a se aproximar. Depois de alguns dias houve interação.

Tripulação e piloto retornaram ao espaço aéreo deixando na ilha alguns pertences. Depois de alguns meses resolveram retornar e se admiraram com o que viram na ilha: uma pequena réplica do monomotor sobre uma espécie e altar. Constataram que ali o povo nativo adorava a réplica e ofereciam oferendas para conseguirem saúde, proteção e curas.

Em nenhum momento os nativos foram influenciados ou escutaram ideias sobre religião.

Quem quiser assistir acesse aqui.

Existiram curandeiros, profetas. Pessoas capazes de se comunicarem com o mundo sobrenatural e os mortais.

Deuses foram criados, primeiramente, em forma de animais, depois, passaram a ter formas misturadas com a de animais e seres humanos. Os seres humanos buscavam alcançar o sobrenatural para conseguirem proteção, alimentos, curas e até invencibilidades aos inimigos.

Os que se destacavam dos demais seres humanos tinham privilégios: comiam melhor, dormiam melhor e não se preocupavam com trabalho para conseguir as necessidades básicas. Eram os curandeiros, os sacerdotes. Tidos como emissários dos deuses detinham poder e STATUS até sobre reis e rainhas.

A busca de um ser supremo ou de entidades que aliviem os sofrimentos humanos deu possibilidade de surgirem inúmeras religiões, rituais, formas de adorações. Cada qual análoga às condições meteorológicas, topográficas, perfil psicológico e desenvolvimento tecnológico de cada povo na face da Terra. Por isso a existências de inúmeras religiões e filosofias.

Os templos ou igrejas serviam como bases de canalização as forças “sobrenaturais” através de rituais, cânticos, amuletos – é de considerar que cada religião possui sua imagem, seu ritual e tipos de amuletos de acordo com seus entendimentos pessoais do que seja bom ou ruim, sagrado ou profano. Em alguns casos, um símbolo pode ser profano e bestial, enquanto para outro é divino, agradável.

Nos templos e igrejas se procura solidariedade e soluções. Por quê?

Nos templos e igrejas os assuntos mundanos são para os homens enquanto os assuntos de Deus, ou dos deuses, são para a alma. Nos templos e igrejas se edificou a razão pela fé; é o se comungar com o criador, com o eu interior, que é amor, solidariedade, perdão – o que é bem diferente no mundo fora dos templos e igrejas que em nada condiz com assuntos do propósito da alma humana e sim mais interesses imediatistas.

Como nos templos e igrejas há somente preocupações com a alma e não com as traquinagens. Sacerdotes, curandeiros etc. se viam mais aliviados quanto aos problemas cotidianos da intrigada relação humana a sua existência e sobrevivência: busca de alimento; formas para se protegerem de ataques; proteger-se das intempéries. Aos sacerdotes e demais seres que se ligavam (religiosidade) aos deuses ou a Deus bastavam apenas rezar.

O ser humano sempre procurou algo que desse força a ele nos momentos difíceis e perturbadores. Assim, a fé em algo, ou alguém, passou a ser necessidade para se sobreviver. Os “eleitos” pelos deuses ou Deus passaram a ser emissários das soluções ao conturbado modo de vida do ser humano ante a sua incapacidade de resolver problemas, que em muitos casos foram e são criados por eles mesmos. Assim nasceram os templos e igrejas edificadas graças às necessidades de paz, soluções, curas.

Contudo, a fé sempre foi explorada pelos que se achavam “privilegiados” ou que astutamente viam uma oportunidade de fugirem do trabalho braçal e da vida cotidiana humana. Dessa maneira, condutas, dogmas e tabus foram criados de forma a controlarem as massas de fieis.

Como se dão as curas?

A ciência agora descobriu que a fé é capaz de ajudar em muito a recuperação e até a cura de certas doenças. Com a fé, o sistema imunológico funciona melhor dando respostas profiláticas ao adoentado. Experiências com placebos (comprimidos com farinha e açúcar) foram administrados a alguns doentes e se viu quase os mesmos efeitos diante dos doentes que receberam medicamentos alopáticos, homeopáticos e fitoterápicos. A conclusão foi que o quadro psicológico do paciente é preponderante para a recuperação.

Inúmeros estudiosos da mente humana já demonstraram os efeitos terapêuticos da autossugestão e sugestão nos pacientes ou pessoas sãs.

Pavlov, Émile Coué, Freud. Alguns dos renomados homens da ciência psicológica provaram, através de seus experimentos, que a autossugestão, a persuasão podem influenciar no comportamento e nas reações fisiológicas do ser humano.

Estudos foram feitos verificando os comportamentos dos frequentadores de igrejas e templos. Constataram-se que em tais estabelecimentos os frequentadores estavam mais receptivos as sugestões dos bispos, padres etc.

Como tais locais não se discute ser ou não correto, falso ou verdadeiro, mas a fé pela simples fé, as sugestões surtem mais efeitos do que se fossem feitas fora de tais locais. É de se considerar que fora dos templos e igrejas se discutem mais problemas políticos, guerras, conflitos sociais enquanto nas igrejas e templos se fala mais em soluções.

Contudo há limites para as curas religiosas. O que se vê momentaneamente é uma resposta orgânica, fisiológica, primeiramente, ao estado de ânimo do doente. Recebendo as bênçãos, o fiel se vê agraciado pelo milagre. De certa maneira recebe uma sugestão hipnótica forte do pastor ou padre, por exemplos.

Os cientistas não têm dúvidas de que algumas doenças podem ser curadas pela autossugestão ou sugestão alheia. Mas há caso em que se precisa tratamento medicamentoso seja alopático, homeopático ou fitoterápico.

 

A ciência desperta sem dogmas

Uma recente ciência, a chamada parapsicologia, tem demonstrado através de experimentos científicos controlados em laboratórios que a mente humana tem capacidades de mudar o estado orgânico do ser humano. Desde a Segunda Guerra Mundial experimentos foram feitos com equipamentos capazes de fotografas a aura humana e suas manifestações conforme o pensar, o tipo de sugestionamento. A kirliangrafia é um método cientifico onde se vê e analisa a corrente eletromagnética ao redor do ser humano. Dependendo do tipo de alimentação, do pensamento, da exposição a certos materiais e substâncias o campo eletromagnético muda de cor e aspecto. E através das nuances se pode dizer como está à saúde da pessoa.

Bases religiosas contribuindo para a ciência e vice-versa

Se analisarmos as religiões veremos que as curas estão ligadas a fé da pessoa demonstrando que é algo inato ao ser humano. Mais ainda, o próprio Jesus disse que “vós soeis deuses”. Até há uma passagem na bíblia ou evangelho contando que certa vez Jesus sentiu seu manto ser tocado. Virou-se para trás e perguntou: “quem me tocou?”.

Uma voz soou: “Eu senhor. Queria ser curado através de ti”. Então, Jesus disse: “não fui eu que te curou, mas a vossa fé”. Os próprios discípulos de Jesus diziam que Deus não era um templo, imagem, rituais, mas a fé profunda, o amor universal, o perdão incondicional, a vigilância própria aos pensamentos e comportamentos, sem necessidades de intermediários para se conseguirem as bênçãos. As parábolas de Jesus ensinavam, inspiravam e alertavam contra comportamentos negligentes e imprudentes.

“E um só é o vosso Deus”, ainda disse Jesus. Nem ele se intitulou Deus ou portador exclusivo de poderes, mas, sim, apenas um divulgador da verdade, das boas novas. “Pedi e vós sereis atendidos”; assim, mais uma vez Jesus demonstrou que a prece fervorosa – do coração e não por balbuciar simples ou extensas orações (cartilhas) – é a verdadeira forma interior de se alcançar os céus e suas graças.

Ações e pensamentos.

O próprio Jesus disse que mais vale as ações e pensamentos que recitar orações, oferecer oferendas (dinheiro, alimentos etc. – o que eram comuns nos templos judeus daquela época) a Deus.

Aliás, de forma análoga, encontraremos as mesmas ideias de Jesus no Budismo:

“Faça de ti mesmo o teu suporte, teu próprio refúgio”;

“O Buda não aprecia as dádivas que lhe são oferecidas, mas apenas as esmolas distribuídas aos necessitados”;

“O que somos é consequência do que pensamos”;

“Puro ou impuro, cada um o é por si mesmo; ninguém pode purificar outro”;

“O verdadeiro sábio não é guiado por outro, não se apega a nenhuma opinião sobre diferentes doutrinas; ele está além de qualquer disputa”;

“O Eu é mestre do eu; que outro mestre poderia existir?”.

Analisando mais ainda veremos que tanto Jesus quanto Buda diziam que o ser humano é responsável pelo próprio viver e consequências de seus próprios pensamentos e atos. Tanto nas épocas de Jesus e Buda havia sacerdotes. Hinos, oferendas deveriam ser oferecidos através de complicados cerimoniais cujo conhecimento estava restrito à classe sacerdotal. Dessa forma havia distinção entre os homens para se comunicar com Deus.

Tanto Jesus quanto Buda se opuseram a este tipo de conduta que hierarquizava, privilegiavam e distinguiam pessoas. Nas duas filosofias apresentadas por ambos não há tal hierarquia, privilegio, detentor das verdades, contudo, existe a salvação exclusivamente pessoal. Assim o indivíduo se torna o seu próprio mestre, sem inspirações divinas (deuses) ou poderes sobrenaturais.

Através do autoconhecimento e de mudanças interiores é possível se libertar da escravidão interior, da ignorância que leva ao fanatismo, dogmas e tabus, e conseguir a própria salvação ou paz interior.

Desta forma tanto Jesus quanto Buda intitularam a cura pela fé sem intermediários que exploravam a ignorância do povo. Não é preciso frequentar, doar qualquer coisa para se obter cura, ajuda, soluções. É preciso, sim, se autoconhecer para mudar posturas que possam estar gerando dores físicas e mentais. 

 

Ciência e religião se completam

Pode-se afirmar que beber água contaminada não vá causar doença?

Pode-se afirmar que a fé consegue fazer uma pessoa atravessar uma ponte em ruínas sem cair?

Pode-se afirmar que todas as causas de sofrimentos humano se diz respeito a alguma entidade maléfica superior capaz de fazer mal a uma pessoa?

Que cada qual se vigie ante os próprios atos.

 

Evangelho de Mateus, capítulo 4:

Então o diabo o transportou à cidade santa, e o colocou sobre o pináculo do templo.  E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordem a teu respeito; e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra. 

Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.


Nota:

Pensar e Existir não quer levar à questão embasamentos filosóficos religiosos, mas, apenas, demonstrar que é através de estudos e buscas incessantes, sem dogmas, tabus, preconceitos e fanatismo, a possibilidade de expandir a mente para novas fronteiras que possibilitem descobertas sem qualquer empecilho religioso.

Jesus e Buda, por exemplo, jamais cerceou seus discípulos, mas sempre davam a liberdade de pensamento para discernirem sobre as boas novas. Ambos sabiam que havia manipulações sacerdotais pela ignorância – que era provocada pela escassez, dificuldade e/ou ausência de informação disponíveis para se buscar e discernir livremente.

Não é à toa que sacerdotes e outros religiosos que queiram dominar opiniões de seus adeptos e frequentadores, não permitiam que – através de técnicas persuasivas psicológicas – se buscasse o conhecimento em outros setores religiosos, filosóficos, pois, do contrário, a mente que se abre e discerne, se liberta e caminha com os próprios pés.

“Que cada qual carregue a sua cruz”, dizia Jesus.

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