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Preconceitos. Por que existem?

Toda ação tem um motivo de ser por mais banal que possa parecer.

Os negros eram caçados e vistos como seres sem alma. A igreja da Idade Média, ou melhor, na expansão espanhola e portuguesa na América, era contra a escravidão negra, embora achem que os negros não tinham almas.

Influenciada pela também pela religião católica os índios não eram reconhecidos como seres humanos, mas eram animais e, portanto era justificada por Deus a sua exploração para o trabalho.

Existe a convicção para alguns indivíduos que suas características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores as demais etnias. Essas convicções eram devido ao período de barbaria entre os povos onde os vencidos eram visto como inferiores seja pela escassez de força física, inteligência, valores culturais e estratégia militar. A selvageria em muitos casos era vistas como potenciais genéticos e até agraciados e/ou escolhidos pelos deuses.

A mulher sempre foi colocada em segundo plano por a considerarem ser destituído de inteligência e força. Numa época onde imperavam a força física e a brutalidade nada mais justificável ação dos homens as mulheres: seres criados para procriarem. Claro que dependia da cultura, isto é, não eram todas que submetiam a mulher à classe de inferiores. Das eras barbaras se explica muito as questões de racismo.

Na África há o preconceito contra os albinos. Esses são vistos como seres sem importância na existência humana, mas com certa qualidade: trazem sorte. De forma cruel são esquartejados, vivos, para que possam dar sorte aos possuidores das partes humanas. Isso acontece em pleno século XXI, infelizmente. Muito pouco evoluiu o ser humano quanto ao convívio diante de diferentes etnias. Muros são erguidos, empregos são oferecidos aos que tenham “qualidades” análogas à cultura local, perseguições são feitas por questões ideológicas e até religiosas. O mundo está doente mentalmente.

Em pleno século XX se fomentou a supremacia genética e a ideia comportamental de não se casar ou evitar gravidez com etnias de genes “inferiores”.

Eugenia

A Eugenia surgiu a partir das ideias de Francis Galton, primo de Darwin, empolgado com o trabalho de seu primo e com a recente redescoberta das experiências realizadas pelo monge Gregor Mendel. A Eugenia surgia como uma nova disciplina, baseada na genética mendeliana e na teoria da evolução das espécies de Darwin, propondo, assim, a melhoria genética da raça humana através das autoridades científicas, acelerando e ajudando a natureza a evoluir.

Francis Galton alegava que a condição genética humana seria fundamental para melhoria das próximas gerações inventando uma matemática eugenista: classificar as pessoas de acordo com a sua excelência genética. De acordo com Galton, as pessoas de “sangue ruim” ( geneticamente inferiores) pioravam as características genéticas de seus descendentes mesmo que casassem com cônjuge de “sangue bom” (geneticamente superior). Disso surgiu pela teoria de Francis que:

1) SANGUE BOM + SANGUE RUIM = SANGUE RUIM;

2) SANGUE BOM + SANGUE BOM = SANGUE MELHOR;

3) SANGUE RUIM + SANGUE RUIM = SANGUE PÉSSIMO.

Em outras palavras, Galton criou uma ciência preconceituosa tendo argumentos científicos. E que seria “sangue ruim”? Os criminosos contumazes, os irremediavelmente pobres, os deficientes físicos e mentais, os epilépticos e todas as pessoas que eram tidas como um peso para a sociedade (idosos, por exemplo). Contudo sua teoria em si nunca vingou plenamente porque carecia de base científica. Então Galton usou a religião como forma de provar a sua “ciência”.

Pode-se dizer que sua “ciência” ganhou notoriedade e força pelos racistas e até um dos homens que quase transformou o mundo num inferno eterno se não tivesse sido derrotado: Hitler.

Apesar de tudo Hitler usou as teorias de Galton para justificar a carnificina. Muitos não sabem, mas a eugenia acontecia com os próprios alemãs de “sangue ruim”.

Antes de impor a eugenia aos alemã, os EUA já tinham feito aos americanos chegando a barbaria de criar um tribunal fiscalizador da eugenia entre as próprias famílias norte-americanas. O filme Tomorrow's Children (1934) retrata a eugenia aplicada dentro dos EUA. As mulheres cujos familiares foram presos ou tenham cometido algum crime eram obrigados a abortarem ou sofrerem esterilização. Isso aconteceu em 35 estados norte-americanos.

Enquanto imperar as ideias de supremacia e perfeição não haverá paz mundial. Seja pela defesa de tipos de religiões ou qualquer outra convenção humana (deturpada).


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