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Como dar com pessoas difíceis – parte I


Pode parecer mais um extenso texto que acaba não levando a nada, mas em poucos parágrafos você saberá como dar com pessoas “difíceis” em sua vida. Seja cônjuge, patrão, cliente etc.

Existem vários tipos de personalidades e devemos saber como são e como funcionam.
Mas antes vamos sondar os primórdios da raça humana para saber como viviam e como se defendiam etc.

Os trogloditas não possuíam conhecimentos que temos sobre vários tipos de ciências. Naquele tempo tudo era desconhecido, enigmático. Antes da descoberta de como produzir armas através do que se possuíam na natureza os seres humanos eram presas fáceis dos animais e de sua própria espécie.
Venciam os mais fortes fisicamente sobre os mais fracos, seja pela aquisição de alimentos, abrigo, parceiro (a) etc.
Os mais fracos seguiam e acatavam as ordens do mais forte – assim como se vê nas espécies irracionais (instinto de sobrevivência). Seleção natural.
Os seres humanos eram prezas fáceis de outros animais – irracionais.
A mente humana pouco desenvolvida não compreendia o porquê dos raios, terremotos, chuva, doenças. O medo tomava conta constantemente.

Com o descobrimento de como fazer armas os mais fracos passaram a se defender dos outros seres humanos mais fortes fisicamente demonstrando que força bruta não era mais o pilar da sobrevivência humana. Os animais passaram a ser domesticados, adestrados.
Os seres humanos passaram a desenvolver o raciocínio lógico, desenvolver novas tecnologias para melhor se adaptar, sobreviver na Terra.
O que não era compreendido era endeusado, isto é, foram criados deuses para aplacar a fúria da natureza, proteger a raça humana, dar forças para enfrentar e vencer o oponente. Nasciam as primeiras religiões primitivas. Estas tinham como divindades os animais porque eles eram mais fortes, adaptáveis, ágeis comparando ao ser humano. Mas ao mesmo tempo se fundiam as características morfológicas do ser humano visto que o ser humano tinham uma inteligência mais apurada que os seres irracionais – estes seguiam instintos enquanto o ser humano ultrapassava os limites dos instintos indo à inteligência capaz de mudar, organizar, aperfeiçoar, inventar.

Contudo, mesmo diante dos aperfeiçoamentos tecnológico – pedra lascada é uma tecnologia, por exemplo – havia aqueles que queriam dominar os demais como forma de ter controle sobre tudo e todos. Uma forma de se manter seguro, pois sendo controlador de tudo não têm oponentes.
O desejo de controle total é uma reminiscência humana herdado dos trogloditas como uma forma de não sentir medo, dor, ser presa fácil. Na verdade é o medo que motivou o ser humano a criar, descobrir, pesquisar.
Esse tipo de pessoa é considerado o predador. Quer ter domínio sobre tudo e todos, mas no fundo há um medo de que possa errar, e erro, compreende, inconscientemente, perigo de vida. Falhar é também uma reminiscência dos trogloditas porque falhar poderia custar à própria vida diante do habitat em que vivia.
Dificilmente essa pessoa admitirá que esteja errada – erro é fracasso no pensar dela, o primarismo inconsciente, o troglodita querendo se proteger, sobreviver.

Cinismo, dissimulação, mentira. São formas de se proteger de um inimigo, obter vantagens, conseguir o que necessita. Tudo está conexo com o instinto de sobrevivência, de forma inconsciente.
Mas há no ser humano algo além dos instintos e inteligência: sentimentos. Não sentimentos como os seres irracionais, mas dinâmico, elaborado, complexo, mutável.
Os seres racionais procuram se saciar não pelo simples instinto de sobrevivência, mas o prazer além dos instintos. Um ser irracional comerá e terminará assim que estiver saciado, ou seja, o cérebro envia mensagem que há alimento ingerido suficiente para repor as energias gastas. Já nos racionais se vê que o saciar está além da necessidade fisiológica, mas sim interligada com as condições emocionais. Como exemplo tem a pessoa que come chocolate em momentos de estresse. Apesar de o chocolate possuir elementos químicos que sacie o estresse – como produção de endorfina – há de considerar o comer para esquecer algum evento triste, excitar as emoções por um cargo conseguido etc. complexo? Nem tanto.

Diante do resumo teremos:

1)      O predador – sente forte desejo de controle sobre tudo e todos. Errar é forma de perecer;
2)      O resmungão – esse ato é criar uma justificativa para os erros que comete. Não tem a capacidade de ver que o erro provém de si mesmo;
3)      O afoito – sempre acha que o tempo em si é inimigo dele. Acha que as demais pessoas são acomodadas porque vivem felizes constantemente e “não” se preocupam com o tempo preciso;
4)      O agressivo – tem aspecto do predador, do resmungão e do afoito. É uma pessoa em constantes desatinos internos. Supervaloriza-se, mas também se condena constantemente pelos erros próprios;
5)      O belo – acha-se mais bonito que todos, mas vive em si o eterno procurar de imperfeições em si mesmo;
6)      O preguiçoso – acha que a vida não deve ser uma pista de corrida já que a natureza provê tudo e todos, mas em si está o desânimo diante da própria personalidade, da condição social etc.;
7)      O doente – vive a procura de possíveis doenças, toma vários cuidados para não adoecer. Em si mesmo está o senso de fraco, imperfeito e que a qualquer momento pode sucumbir;
8)      O revoltado – ninguém o compreende, acha-se injustiçado por todos, considera as demais pessoas esnobeis diante de uma posição social mais elevada, sofre perseguição de Deus e das pessoas. No fundo não sabe resolver as próprias emoções, tem baixa-estima, é preguiçoso e só se movimenta quando não há mais como protelar.

Diante disso tudo temos que cada pessoa pretende ser uma consciência individualizada e não uma consciência de grupo, isto é, um faz, e todos seguem cegamente.
A forma de criar (família, cultura) um ser repercutirá até a fase adulta. Haverá coesão ou não conforme a índole do ser, a maneira de ver, equacionar a vida.


E como dar com tais pessoas?

Primeiramente tenha em mente:

1)      Inconsciente primitivo – reminiscência dos nossos primitivos irmãos das cavernas como medo constante, se aproveitar da força que possui para ter mais proteção, segurança; incompreensão da própria existência (por que existe? Qual a finalidade da existência? Por que é frágil em relação aos demais seres vivos?); sobrevivência.

Pessoas difíceis são aquelas que estão em conflitos emocionais: fantasiam demais. Ser mais do que; ser menos do que. Os extremos são perigosos.

Quando encontrar uma pessoa em dia de fúria tente compreender que a fúria é uma fraqueza, um pedido de ajuda diante de um problema. Essa pessoa procura solução, mas nos primeiros instantes quer extravazar as emoções perturbadoras dentro de si. Note uma criança quando com raiva quebra os brinquedos. Toda energia criada tem que ser movimentada, e não reprezada. Os adultos aprenderam e foram educados a não serem violentos fisicamente. Inconscientemente, hematomas e sangue representam incapacidade de se proteger diante de ameaças. O falar apenas extravaza e não deixa a pessoa indefesa - se estivesse machucada ficaria indefesa. E quando há violência física? A razão não é mais visível pelo consciente.  E razão é atributo do processo civilizatório com regras sociais através de leis para conter os ânimos exaltados. Posteriormente educar o transgressor através de conscientização.

Na maioria das vezes pessoas irritantes procuram discutir para extravasar. Por isso discutir não leva a nada.
Contudo existe o outro lado da moeda. Uma pessoa irritante pode estar falando verdades que não se quer ouvir. Quando o próprio ego se inflama tudo e todos parecem irritantes. Só a autoanálise poderá ajudar.

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