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Símbolos e consumismo

Símbolos e consumismo
Consumir é necessário. Não há como negar. Vestuário, remédios, materiais de construção, artigos de perfumaria (sem desodorante não dá, rss.), alimentos etc.

Consumir faz parte de nossa condição desde os tempos memoriais.
O ato de consumir não encerra apenas prover as necessidades primárias (básicas), mas também as necessidades secundárias (emoções).

A primeira configura a sobrevivência; e a segunda à realização pessoal (emocional).
Mas saber distinguir exige realismo da pessoa em separar ambas ou ter controle para não cair na armadilha do consumismo desenfreado que tem levado muitas pessoas ao endividamento.
O próprio endividamento também tem duas vertentes: necessidades básicas e emocionais.
Infelizmente em nosso país a renda é mal distribuída, o ensino é precário e, o que deveria proporcionar as pessoas de baixa renda o acesso as faculdades públicas passou a ser centro de acesso as pessoas de classe média e alta; certas áreas urbanas têm um IPTU mais elevado que outras, mas se vê a falta de saneamento básico, policiamento e saúde, justamente nestas áreas escassas de recursos se tem IPTU mais elevado que áreas que têm todos os recursos de infra-estrutura. Uma barbaridade em nosso país que, infelizmente, por falta de educação moral, e intelectual (já recebemos notas baixas em relação ao conhecimento intelectual em nossas universidades comparando com países da África (e veja que neste país tem guerra civil desde o século XVIII; qual a justificativa daqui?).


Vemos que há pessoas que se endividam não pelo consumismo desenfreado, mas acabam se endividando por que há uma condição econômica precária para suprir as próprias necessidades básicas. E pensar que nossa constituição garante a todos os brasileiros uma vida digna.
Agora iremos abordar o fator emocional - uma grande descoberta para a área de marketing e publicidade.
Por que certa pessoa compra um produto? Eis o começo de tudo.
A indústria do marketing faz sempre pesquisas atrás de consumidores (a vida é “business”) e transforma sonhos em alvos de consumo.

Algumas estratégicas de venda:

1) Os produtos que merecem ser vendidos devem ficar na altura dos olhos do consumidor;
2) No shopping jamais se deve colocar um relógio, pois a noção de tempo pode frustrar as vendas;
3) Fora das áreas de alimentação devem ter poucas cadeiras para que as pessoas possam percorrer os corredores com mais frequência;
4) A temperatura ambiente deve ser sempre amena;
5) No corredor que dá acesso as caixas são colocadas os produtos que mais têm saída: guloseimas (explicação cientifica: a glicose importante para o seu cérebro etc.); produtos de beleza (a cultura da perfeição mexe com o desejo coletivo de ser sempre belo (o), num mundo onde não há as “imperfeições” humanas: rugas, estrias, flacidez);

Eis algumas estratégias.


A indústria do marketing sabe que o ser humano tem um ponto fraco: STATUS.
Como surgiu? Nos primórdios da raça humana. Somente foi amplamente explorado nos meados do século XX. Os EUA foi o idealizador da estratégia de saber persuadir.
Persuadir tem que ser convincente. Não basta apelar apenas às emoções, mas intelectualmente também. Novos horizontes ganharam o setor da psicologia de marketing.
Inteligência-emocional. Ambas estão interligadas e são inseparáveis. Não basta apenas explorar as fraquezas humanas (medos, receios, timidez, vergonha etc.), mas é preciso agir na mente intelectualizada. E não é difícil.

Persuadir e vender são artes.
Carros. Um desejo de todos. Realmente fornece amplas possibilidades ao ser humano: trabalho, lazer, exposição, reconhecimento social.
“Você precisa deste carro por que trará aquela gata”
“Você precisa deste carro para atender a sua pressa de entregar as mercadorias. Ele é mais rápido no torque (arrancada do carro)”.
“Você precisa deste aparelho de som que possui: som estéreo; controle modulares de volumes; painel digital; programação para desligar ou ligar em horário pré-estabelecido; seis canais de mixagem; entrada para seis caixas de som; e mais apetrechos tecnológicos”.
“Você precisa deste relógio que possui leitor de profundidade, barômetro, altímetro etc.”
Não persuadiu? Imagens subliminares (que não ultrapassa o limiar da consciência, que não é suficientemente intenso para penetrar na consciência, mas que, pela repetição ou por outras técnicas, pode atingir o subconsciente, afetando as emoções, desejos, opiniões; subconsciente) são usadas largamente para persuadir.

Tudo que você faz não se centraliza apenas no que você faz: tem consciência.
Um bom exemplo que darei é o comer um sanduíche em alguma lanchonete e estar reunido com amigos ou só.
Você percebe seus amigos, o gosto do sanduíche, alguns sons, algumas pessoas ali. Mas seu subconsciente age como verdadeiro “fotógrafo”. Nada escapa dele, nada mesmo. Você pode até não ver conscientemente uma pessoa, mas pela sua visão periférica seu subconsciente vê tudo e registra.
Pronto. Seu sanduíche está recheado de molhos, alface, carne, refresco; cores do local em que se encontra; aromas que você sente conscientemente e inconscientemente; semblantes; aquele choro de criança lá longe que você não ouve de forma consciente (mas seu subconsciente, sim) etc.

Tudo está lhe influenciando, e muitas vezes você não percebe conscientemente.
Os comerciais apelam para o sentimentalismo:

1) Pessoas sempre rindo;
2) Pessoas com boa aparência (E? Quem disse que as pessoas devem ter o mesmo nariz, boca, altura e cor?);
3) Aquele carro “foda” para conquistar aquela Afrodite ou pegar mais facilmente as mulheres (já notaram que carro sempre tem mulher dando mole nos comerciais?);
4) Chegou a pessoa com um carro do ano e aparecem várias outras quase beijando os pés do felizardo que possui o “carrão”;
5) Aquela adolescente cheia de espinhas que tem vergonha de sair de casa, recebe um creme e some todas as espinhas e no final ainda ganha aquele “gato” que nunca olhou para ela;
6) É o cara que conquista uma bela Afrodite com um presente para lá de caro;
7) É a mulher que está acima do peso( compra uma cinta que suspende até a Torre Eiffel do chão) e ganha aquele “gato”.

Os comerciais apelam para sua intelectualidade:

1) Compre esse carro possante que aumentará o tempo de entrega de suas mercadorias. De O km a 100 km ele faz em cinco segundos; atinge 300 km/h sem gastar muito combustível (no Brasil a velocidade máxima é de 100 km/h e não tem boas pistas para suportar velocidades superiores a 180 km/h; além disso, nos centros urbanos, onde ocorre à maioria das entregas a velocidade máxima é de 60 km/h);
2) Compre essa televisão digital com som estéreo, entrada para DVD, aparelho de som, cartão de memória, grava filmes da TV, com função SLEEP, legenda, etc. ( no final das contas o cara não saber conectar nada na TV, não gosta de tirar fotos; mas tem que ter a TV em casa para dizer que está por dentro da tecnologia;
3) Compre esse remédio que revigorará suas forças, dará mais disposição aos estudos, aos relacionamentos amorosos (no final manda você consultar um médico em caso de efeitos colaterais; e muitas vezes uma boa noite de sono resolveria tudo);
4) Esse relógio é feito de ouro, possui bateria com duração de cinquenta anos, e é a prova de água até mil metros de profundidade ( e pensar que o cara só mergulha no raso).


Há ainda o apelo de estar na moda e ser feliz por ter.
Vaidade. Um dos pecados humanos mais explorados pelas técnicas de venda.
Quem quer parecer “diferente”, “anormal”?
Rejeição é a pior coisa para um ser humano. Tanto pode ficar triste ou depressivo, quanto ficar arrogante, cruel, esnobe, egocentrista. Psicologia reversa.
Instinto de grupo está coeso ao instinto de sobrevivência e este está interligado ao não ser “diferente”,” anormal”. Coletividade.
Claro que cada pessoa ficará no grupo que acha conveniente e similar aos próprios pensamentos e filosofia de vida.

Diante da “anormalidade” e “diferença” a indústria da venda explora também esses aspectos nas pessoas que ainda não têm certa compreensão que ser diferente é ter personalidade própria, que o valor real de uma pessoa é a empatia e não o que tem materialmente.
Quantas pessoas têm carros caros e ficam comendo pão com mortadela em casa para pagar as prestações do carro? Não conto com a pessoa que faz isso para comprar um carro para gerar mais renda.

Quantas pessoas gastam dinheiro com cirurgias plásticas embelezadoras – não é cirurgia plástica corretiva e necessária a saúde da pessoa – e deixam de pagar contas essenciais ou até ficam inadimplentes?
Até quando (concordo com o Gabriel Pensador) as pessoas se deixaram pelos comerciais que dizem para serem “normais”, “iguais”?
Até quando essas pessoas tentaram provar algo as demais pessoas?
Até quando as pessoas deixaram os comerciais ditarem o que é felicidade para elas?
E até quando essas pessoas se sentiram “inferiorizadas” por não ter o STATUS?
E não vá pensar que o desejo de ser “supremo”, “diferente”, “normal” está nas mentes de pessoas de baixa renda. Está em qualquer camada social.
Ser diferente é uma necessidade do ser humano. É a busca da própria identidade pessoal e não ser mais um entre os demais.

Vemos claramente: uso de pulseiras, piercing, maquiagens, tatuagens, roupas etc. é o desejo de mudar a própria aparência. O ser humano sente-se incomodado com o tedioso corpo e busca mudá-lo para assumir uma identidade. Há ainda muito a busca pela superioridade das próprias fraquezas (humanas).
Poder, glória, conquistas. Superações próprias.
“O ser humano é indolente por natureza”. (Freud)
Por ele mesmo não faria quase nada. Se temos carro, remédios etc., se deve a imposição do meio ambiente ao ser humano: sobrevivência e adaptação.
O que dá a sensação que nada se tem ou é são os comerciais de rádio, TV e outdoors. Sempre que um novo produto é lançado no mercado, os comerciais INDUZEM todos a ir em busca desta novidade e, assim, força as pessoas comprarem para se sentirem "felizes" e "completas".
Sêneca disse: "Os homens não morrem, suicidam-se". Pensa e reflita.
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