.

Livros do autor: Direito do consumidor, sociologia, política etc. Amazon [clique aqui para acessar], um dos sites mais conceituados em livros digitais. Os livros são de minha autoria.

Pesquisar este blog

Pensar e Existir pelo celular. Digite o endereço (link)!

Voltar para a Primeira Página Adicione aos Favoritos | Apenas Internet Explorer Entre para nossa comunidade no Orkut Facebook mande para Google Mande e-mail Assine o nosso Feed Leitor: o pensador

Trânsito Escola

Artigos
Comentários

Ordem e progresso, sua bunda é um sucesso

Ordem e progresso, sua bunda é um sucesso
“Ordem e progresso, sua bunda é um sucesso Nádegas a declarar, nádegas a declarar Ordem e progresso, sua bunda é um sucesso Nádegas a declarar”
A letra acima é do cd “Nádegas a declara” de Gabriel pensador. Essa música foi proibida de tocar nas rádios por ofender a mulher brasileira.


Mais um pouco da música:
“A-aha! Arrebita a rabeta!
A-aha! E me diz, meu bem, o que mais que você tem?
A-aha! Arrebita a rabeta!
Arrebita bem a bunda, vagabunda, que a bunda é tudo de bom que você tem
O que você tem de bom além do bumbum? Um talento, algum, dom?
Ou as suas qualidades estão limitadas ao balanço dessa bunda arrebitada?
O que você tem além da bunda?
Pense bem que a pergunta é profunda
Não, não é isso, menina!
Eu não tô falando da sua virilha
Que deve ser uma maravilha, mas seu cérebro é menor do que um caroço de ervilha
(...) E um, e dois, e três Sempre tem alguém pra ser a bunda da vez /Te chamam de celebridade e você acredita /Enche o rabo de vaidade e arrebita.
Você tira até retrato três por quatro de costas /Pensa com a bunda e quando abre a boca só sai bos...Talvez você nem seja tão piranha Mas qualquer concurso miss bumbum que tem, você se assanha/ A-aha! E tira foto fazendo pose de garupa de moto/ A-aha! Vai sair na revista e o povo vai dizer que você é artista/ Porque agora bunda é arte, é cultura, é esporte /É até filosofia, quase uma religião /E se você tiver sorte pode ser seu passaporte para fama /Ou pra cama, pode ser seu ganha-pão
Bunda conhecida, bunda milionária Bonitinha, mas ordinária.”
Choca a mulher brasileira? Sim. Coloca-a numa atitude suspeita quanto à finalidade de ser mulher com nádegas avantajadas no Brasil.
Mas deixando de lado este pensamento temos que verificar a realidade da mulher brasileira fora do Brasil.
Para início de conversa não podemos esquecer que a EMBRATUR proibira em 2004 cartões-postais focalizando as nádegas das mulheres. Copacabana, contudo o “close” eram as bundas deixando uma visão tímida de Copacabana.
Sabemos que o Brasil é um dos principais pontos turísticos para estrangeiros ávidos por prostituição. A mulher brasileira é vista no exterior como prostitutas – não desmereço nenhuma prostituta, pois muitas trabalham para sustentar filhos e pais.
A letra “Nádegas a Declarar” contribui para um fenômeno – não quer dizer que não gosto – que vem tomando conta da música brasileira, comerciais etc.
A mulher deve ser valorizada pelo que possui num todo e não numa particularidade física. Vários grupos musicais sobressaíram pelas mulheres que demonstravam as nádegas fartas – e as letras as piores possíveis.
Se no exterior já tem uma mentalidade degradante da mulher brasileira ainda mais se denigre com tais shows apelativos onde impera mais o erotismo de nádegas.
Num país machista como o Brasil – muitos homens ainda pensam que mulher é para ficar em casa cuidando dos filhos e atendendo as necessidades sexuais do marido – exacerba-se a mentalidade de que mulher é para satisfação do desejo sexual. “Uma noite, e nada mais”.
Muitas mulheres reclamam de homens que não querem um relacionamento sério; outras ficam na defensiva por não terem os “apetrechos” requisitados pela cultura brasileira.
Há no inconsciente coletivo, masculino e feminino, uma desordem e confusão.
Os homens acham que as mulheres viraram seres mais cafajestes do que eles – homem trai por que tem instinto: desculpa -, e as mulheres afirmam que os homens são moleques e não dá para confiar neles.
Concordo que há homens e mulheres que nada querem, ou seja, querem, sim, um bacanal a cada semana. Cada um na sua filosofia de vida e somam-se quem quiser.
Contudo há pessoas que desejam um relacionamento monogâmico. Fora de moda, dirão alguns. Mas modismo, como o nome diz, representa uma postura social tão tênue cujo rompimento pode acontecer numa tendência de verão.
Qual a filosofia a seguir, então? Qual é a “norma”l? Sem qualquer vínculo religioso penso que cada qual segue o que achar melhor para si. Mas fazer de forma consciente. Num dos tópicos mencionei o uso de drogas (licitas e ilícitas) para “tomar coragem” para se aventurar numa “nova postura sexual”. “Nova”? Quero dizer que pela história humana houve diversos comportamentos em relação à sexualidade.
Em Roma era comum a homossexualidade e até a poligamia. Todavia havia os monogâmicos. Era uma opção de cada pessoa. Não havia perseguições de gays a heterossexuais e vice-versa.
Sexualidade é muito mais do que sexo. É a energia que motiva a encontrar amor, contato e intimidade e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas.
A sexualidade humana é constituída de todos os sentimentos que somos capazes de sentir e expressar, qualificados de bons ou de ruins (alegria, tristeza, amor, ódio, solidariedade, egoísmo, inveja, desprendimento, desejo, culpa etc.).
Inclui as opções sexuais. Não irei mais me aprofundar nessa questão, pois meu intuito é quanto à questão de nádegas versus qualidades femininas.
Mais do que nádegas as mulheres têm qualidades administrativas superiores a dos homens – é só ver na relação quantitativa de executivo e executiva; elas estão disparando.
Acho que as mulheres deveriam lutar contra a mentalidade reinante em nosso país que coloca a mulher como objeto sexual – e pensar que isso vem de séculos; nada mudou.

Sexo é gostoso e faz bem. Porém não podemos discriminar pessoas e nem menosprezá-las. Atração sexual e preferência nacional até se entende. O que é inadmissível é impingir na mulher brasileira o conceito de nádegas e libertina. Não.
Como qualquer ser humano merece respeito. Elas têm inteligência como os homens. Não é aceitável em pleno século XXI conceitos retrógados.
Share/Bookmark
BlogBlogs.Com.Br