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Trânsito Escola

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Dualidades: nada de harmonia.

Muitas pessoas preferem ficar solteiras. Há um crescente contingente de pessoas que pensam na praticidade de ser solteiro (a). Mas por quê?

Ser solteiro (a) é agir ao bel-prazer, não dar satisfação de onde ir, com quem ficara conversando, sair sozinho, curtir com amigos (a) etc.

Bem diferente quando há um relacionamento a dois: cada qual passa a cobrar uma postura, responsabilidade, respeito e certa “dominação”.

Um relacionamento entre duas pessoas se confunde com controle, mas este controle se relaciona a um motivo: traição.

Entra a teoria de que os seres humanos são poligâmicos faz com que as pessoas de forma inconsciente tomem conta severamente umas das outras num relacionamento amoroso pelo medo de ser traído (a).

Mas não é a teoria em si há os fatos de acontecimentos reais na vida humana.

O ciúme é a insegurança diante da concorrência e a incerteza diante da fidelidade do cônjuge.

O ciúme encerra também certa posse. As pessoas formam relacionamentos e passam a agir como senhores e servos, e vice-versa.

“Dou meu amor, meu corpo, meus sonhos; mas em troca quero de você a mesma coisa e a consideração pelo que está recebendo”.

Mas o ato de posse pode tomar dimensões além do bom-senso e causar estragos.

Uma pessoa insegura tem baixa-estima e vê a concorrência como superior as próprias qualidades. Há também o medo de ficar só. Esse medo pode ser baixa-estima, ou seja, mais valorização da concorrência do que a si mesma. Dependendo da cultura em que vive fará comparações de si mesma com as demais pessoas ou concorrências. Seja quanto ao extrativismo social, o modismo corporal etc., e estar ou não de acordo com a mentalidade cultural, de está ou não dentro da padronização e devido reconhecimento por fazer parte da classe valorizada culturalmente.

Não entenderam?

Uma mulher com nádegas volumosas no Brasil chama mais atenção dos homens do que uma magrinha com tímidas nádegas. Não é à toa que as academias vivem cheias de mulheres que querem aumentar as nádegas.

Um homem barrigudo não tem o mesmo atrativo do que outro com o abdômen sarado.

E aí vai. Padrão cultural em relação à beleza.

Há pessoas que levam tão a sério a questão da padronização que ficam frustradas e até depressivas por não fazerem parte do grupo “seletivo”. Dessa concepção cria-se a mentalidade de não poder ficar com mais ninguém pelo fato de não ter “as qualidades” que se exige culturalmente.

Essa pessoa lutará ardentemente pelo relacionamento mesmo que não seja bom a ela.

Há, entretanto pessoas que querem um (a) parceiro (o) que atenda todos os anseios sem, contudo, que o (a) parceiro (a) tenha personalidade e caráter próprios. Essas pessoas querem um (a) companheiro (a) desde que este assuma a condição de servo. Não deixa também ser, em relação à pessoa dominante, uma baixa-estima.

Tanto as pessoas dominadoras (senhor) quanto as que são dominadas (servos) apresentam um conflito interno.

A primeira tem medo de ser traído (a), desvalorizado (a), não ser compreendido (a), não ser aceito (a) como é. Medos originados de vivências próprias ou do que tenha presenciado; assume uma postura defensiva constante. Os ataques (agir como “senhor”) na verdade representam uma defesa “não quero ser magoado (a)”. A existência do “senhor” esconde uma fragilidade natural a qualquer ser humano: como se comportar diante dos conflitos inerentes ao convívio humano? Daí assume, por não saber lidar com a gama de emoções dentro dele (a) toma sempre à defensiva. Há uma muralha, mas só na aparência.

A segunda tem medo de agir por medo de perder e não conseguir mais. Vive enclausurado (a) em um mundo próprio enfraquecido por sentimentos de rejeição constante ou uma falha em elaborar corretamente os próprios pensamentos diante da própria imagem pessoal - assume por sua vez a postura de “servo (a)”.

O “senhor” fica, e não se entrega, pois a postura defensiva é constante. Acaba sempre na rotatividade de enamorados.

O “servo” se entrega, mas mais pelo receio de ficar só eternamente.

Vimos o que pode causar o desequilíbrio numa pessoa. “senhor e servo” devem viver em harmonia constante para que a pessoa possa viver em paz consigo e com as demais pessoas.

Pessoas seguras são as que não vão pelo inconsciente coletivo, racionalizam os conflitos humanos de forma a aceitá-los como normais a condição humana, admitem serem pessoas humanas também cheias de defeitos, compreendem as falhas humanas como uma quase necessidade de se corrigir – quando há a mentalidade de querer se corrigir e não uma maldade em si; que aceita a condição própria e não se deixa influenciar por modismo ao corpo, que vê a realidade de pessoas que valorizam o ser pelo que é e não o que possui (corpo, STATUS etc.).

Está viveram em paz consigo mesmas e com as demais pessoas.

Disso poderemos ver relacionamentos baseados no respeito mútuo, no querer compartilhar verdadeiramente as emoções boas ou más. O diálogo entre o casal será de forma a encontrarem uma bem comum e não uma arena de egos exaltados.

Haverá pessoas que querem ficar sozinhas, mas com intuito de se equilibrar emocionalmente e com forças renovadas a permitir-se novamente ser feliz no amor e poder doar também.

Haverá pessoas que dirão não a um relacionamento de mentira, pois no íntimo fez de tudo para que o relacionamento desse certo, contudo a outra pessoa agiu puramente como “senhor”. Da dissolução do relacionamento o “servo” não será mais “servo” e nem se tornará “senhor”. E tomará um novo relacionamento com base na cumplicidade.


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