Pensar e existir – a Revista Superinteressante tem lançado matérias sobre religião. Tema controverso, intrigante e de vastas disputas de verdades entre as várias religiões no Brasil, católica e, principalmente a evangélica, a revista tem caído na boca do povo. Muitos não gostaram das matérias, já outros adoraram.
Sabemos que as escrituras sagradas são coletâneas de passagens históricas. Sabemos também que muitos personagens bíblicos foram apagados da história por questões pessoais, políticas. Aliás, política e interesses é que não faltaram. Atualmente ainda há desavenças e muitas controvérsias sobre as escrituras sagradas e qual segmento religioso segue a Deus.
O fato é que ainda, em pleno século XXI, muitas religiões tentam angariar adeptos para suas congregações, templos etc. Oque não faltam são acusações entre muitas religiões e cada qual justificando seus atos em nome da Verdade Divina. O filme Alexandria, ou Ágora, demonstra as disputas religiosas em nome da fé, das verdades, das políticas de cada povo. Mostra também as formas de pecados suas condenações, os tipos de fé.
As pesquisas científicas têm demonstrado erros de interpretações diante da literatura bíblica, desmistificado um Jesus de olhos azuis e pele branca. Tem também demonstrado como e por que o dizimo era cobrado no povo judeu. Enfim, aos que querem verdades, a ciência tem demonstrado sem, contudo, tirar o valor da fé que, indiferente de fatos e trocadilhos históricos, independe de livro, mas da ração e amor no coração diante do próximo – se verificarmos ao longo da história, os indígenas brasileiros, antes do descobrimento brasileiro, já tinham as suas “bíblias”, condutas, onde o respeito aos familiares, aos idosos, os valores de união, já eram condutas próprias sem nunca entrarem em contato com a bíblia dos homens brancos (católicos ou protestantes).
Analisando as escrituras temos que o sexo é pecado em alguns momentos, já em outros é algo sagrado. A poligamia também é visto como algo natural – veja o caso de Salomão -, já em outros momentos como pecado capital - influenciados por ideias filosóficas Gregas que viam qualquer coisa relacionada com o aspecto da vida corporal como mal. Os primórdios do catolicismo é uma mistura de crenças egípcias e gregas e judaicas.
O protestantismo tem como fundador Lutero. Este estava indignado com a forma em que da igreja católica cobrar a salvação. Existia até uma tabela para pagar os pecados. Atualmente existem várias correntes protestantes no mundo. No Brasil temos os neopentecostais que lutam para terem seus rebanhos. O que chama a atenção é que colocam a contribuição dos adeptos como forma de agradar a Deus, mas na verdade, se compara aos primórdios do dar para receber algo em troca, como se Deus fosse prestador de serviço.
Este texto poderia se esgotar em inúmeras referências, exposições, mas a síntese é que não se comportam mais questões de duelos, guerras, explorações em nome da fé. Pensam:
1) Pagar par que Deus perdoe ou ajude;
2) Condenar alguém ou algo em nome da verdade, mesmo que gere sectarismos religiosos;
3) Atacar certas filosofias ou religiões com verdades das escrituras sagradas. Mas quais são as verdades se dentro das próprias escrituras há contradições seja ao sexo, a paz e a guerra?
Enfim, como dito, o que importa - indiferente de qual livro for (dos católicos, mulçumanos, evangélicos, budistas etc.) - é respeito, tolerância, união, solidariedade. Não cabe mais guerras ideológicas que só custam vidas humanas. Porém, não só as guerras bélicas, mas guerras psicológicas.
