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Papa e camisinha

Papa Bentas 16 e a condenação do preservativo sexual

A filosofia da Igreja Católica condena o uso do preservativo. Sabemos que na Santa Inquisição houve uma distorção quando aos instintos sexuais. Muitas pessoas foram consideradas hereges pelo simples fato de pensar em sexo.

A situação da Igreja até o século XIII era caótica. Facções adversárias lutavam entre si, cada uma digladiando em favor de um dogma. Isso favorecia o que desacreditar na Igreja. Algumas facções criticavam a corrupção e o jogo de poder dentro da classe sacerdotal e dúvidas sobre o poder espiritual do papado.
 O Tribunal de Santa Inquisição foi criado como instrumento de repressão dirigido pela ordem dos Dominicanos.
Sua função primordial era a de acabar com as facções que se opunham à Igreja (denominadas ‘heréticas’), através do extermínio sistemático de seus membros. Exemplos destas facções ‘heréticas’ eram os cátaros, os gnósticos e os templários.

Em 1484, a Bula contra os Bruxos - crimes atribuídos aos bruxos e dava plenos poderes à Inquisição para prender, torturar e punir todos aqueles que fossem suspeitos do ‘crime de feitiçaria -, pelo Papa Inocêncio VIII foi proclamada.
Em 1486 foi publicado o Malleus Malleficarum (‘Martelo dos Feiticeiros’) - manual de reconhecimento e caça aos bruxos, e, principalmente, às bruxas (“quando uma mulher pensa sozinha, pensa em malefícios”)- escritas pelos dominicanos Kramer e Sprenger.

Surgiu uma também uma neurose coletiva em relação ao sexo:

                                I.            Condenavam-se mulheres jovens, que eram despidas em frente a um grupo de ‘investigadores’: o corpo era revistado diversas vezes à procura de uma suposta ‘marca do diabo’; eram açoitadas, marcadas a ferro e violentadas.
                              II.            Anciãs que moravam sozinhas, geralmente em companhia de alguns animais, como gatos eram alvo de desconfiança e logo declaradas ‘feiticeiras’, e, posteriormente, assassinadas.

Como vimos temos a ideia da origem da repressão sexual diante de lutas de diferentes dogmas, interesses pessoais e catarse plena de pessoas desequilibradas psicologicamente.

O cristianismo condena os atos sexuais que são puramente da carne, isto é, sem compromisso com a própria alma.
Questão da existência da alma eterna. Vamos analisar a existência pelo ensinamento de Paulo aos coríntios (um dos discípulos de Jesus cristo):

Obs.: Corinto era uma cidade muito antiga, situada no coração da Grécia, numa península estrita, entre dois mares, Adriático e Egeu. Sua posição geográfica, estrategicamente vantajosa, fez com que a cidade crescesse em importância ao longo de sua milenar história, tornando-se a principal cidade marítima da antiga Grécia.
            Tendo chefiado uma revolta dos gregos contra os romanos, Corinto foi totalmente destruída em 146 a. C. cem anos mais tarde, em 44 a. C. Júlio César deu ordens para que a cidade fosse reconstruída e povoada com veteranos do exercito romano. Surge então a cidade que conhecemos através livro do Novo Testamento. Uma cidade mais latina do que grega.
            Quando Paulo chega a Corinto, a cidade devia contar em torno de 150 mil habitantes. Bem mais de dois terços eram escravos. A cidade era famosa por seu profundo contraste social, concentrando grande poder e riquezas nas mãos de um pequeno grupo de armadores e comerciantes. O porto, bastante movimentado exigia um grande número de escravos. Havia um grande número de prostitutas. A principal divindade da cidade era Afrodite, deusa da beleza e do amor. Assim se entende o conflito entre a mentalidade “coríntia” sem muita ética e a mentalidade dos cristãos que se orientavam pelas normas da Lei de Deus e do Evangelho.




“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormirão, mas todos serão transformados; Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” --
1 Coríntios 15:51-55. 


 Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé. E assim somos também considerados como falsas testemunhas de Deus, pois testificamos de Deus, que ressuscitou a Cristo, ao qual, porém, não ressuscitou, se, na verdade, os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens”. -- 1 Cor. 15:12-19.

Pelo ensinamento de Paulo a alma é eterna e há a ressurreição (substantivo feminino: 1-ato ou efeito de ressurgir ou ressuscitar; 2-retorno da morte à vida; 3- festa em que a Igreja celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Dicionário Houaiss).
O ensinamento não pode ser negado porque está na bíblia.   
Diante do fato o que é importante é a alma, e não o corpo físico, que perece pelo tempo. Analisando pela questão da psicologia existe alma (Psique era o conceito grego para o self ("si mesmo"), abrangendo as ideias modernas de alma, ego e mente).
 Existem diversos psicólogos que aplicam a regressão e colhendo valiosas pistas sobre a imortalidade da alma e ressurreição ao longo das eras humanas.

E o que realmente o Papa quer dizer quando recrimina o uso de preservativo sexual?

Pelo que expus a alma é eterna. Pela psicologia, a energia sexual (libido) é “viva” podendo beneficiar ou prejudicar o ser humano.

Obs.: Definições de Libido
                                I.           
Energia proposta por Freud como substrato da pulsão sexual e que pode ser investida em objetos externos, representações mentais e estruturas mentais. Em latim significa vontade, desejo. 
Carl G. Jung (1875-1961) ampliou a noção de libido empregando-a como energia psíquica em geral.
Libido do ego ou narcísica seria aquela cota de energia da pulsão sexual investida no ego e nas representações de si mesmo.



Freud a considerava a libido sob quatro aspectos diversos:

A) Como uma energia, construtiva ou destrutiva, quantitativa e físico-psíquica, inicialmente indiferenciada e generalizada, capaz, mais tarde, de sexualizar-se em determinados casos e fixar-se em determinados órgãos.
b) Como uma tendência ou necessidade de satisfação afetiva ou amor geral e indiferenciado, que aos poucos vai se convertendo em sexual ou libidinoso.
c) Como a própria atividade sexual, propiciadora da satisfação dessa tendência-necessidade.
d) E como o prazer específico ou nota qualitativa de agradabilidade que acompanha as atividades sexuais e que poderá motivá-las, mas não causá-las.

Freud estudou a fundo a libido e demonstrou que muitas doenças mentais e comportamentais estão relacionadas às vicissitudes da libido no desenvolvimento humano.
Exemplos:

1)      A libido não satisfeita poderia dar origem à neurastenia;
2)      A angústia e dar origem à neurose de angústia ou à fobia (se a angústia for deslocada para algum objeto ou situação), se transformada, será convertida para o corpo dando origem à neurose histérica, se deslocada para algum outro objeto dando origem à neurose obsessiva, retornar ao corpo dando origem à hipocondria e ao ego dando origem às neuroses narcísicas.

Explicam-se muito os comportamentos de jovens cujos atos deixam a sociedade perplexa. Quando não há ensinamentos voltados ao desenvolvimento harmonioso da personalidade e caráter. Exemplos de ensinamentos perniciosos:

1)      Segregação social;
2)      Intolerância as diferença de comportamento e sexuais;
3)      Desrespeito às leis dos direitos humanos, as leis do país;
4)      Descasos com os pequenos atos de violência física e/ou moral as demais pessoas;
5)      Supervalorização do Ego – que levará a apatia.


E, você leitor, poderá perguntar: “o que tem haver Freud, Papa (religião) com a proibição do uso de preservativos?

O papa não condena em si o ato sexual. Pelo contrário, sabe que é uma necessidade ao corpo, a mente e manutenção da relação entre cônjuges. Condena, sim, a falta de juízo diante dessa energia que pode beneficiar ou prejudicar a mente e o corpo da pessoa.
Sabemos que existem pessoas com compulsões sexuais podendo chegar a morrer. Geralmente a pessoa não come direito, tem relações sexuais sem preocupação com as doenças sexuais e há um vazio eterno nela. Pode ter ejaculação, mas nunca está satisfeita, ficando numa agonia contínua.
Imagine-se comendo uma refeição saborosa, mas não sentindo p sabor dos alimentos, e, ainda, terminando-a não se sente saciado fazendo com que procure mais alimento de forma a comer em excesso e passar mal. Os ciclos se repetem.
Não vá pensar que o papado não estude psicologia. É uma das disciplinas de muitas outras.
Por isso coloquei textos de psicologia freudiana e demonstrando as possíveis doenças de ordem mental e comportamental.
Verificando a realidade dentro da psicologia veremos que o ato sexual está relacionado:

1)      Poder – principalmente nos homens que procuram compensar as angústia e projetar felicidades na conquista feminina. Como objeto sexual – assim colocada pela mídia;
2)      Vingança: quantas pessoas não tentam se vingar com a consumação de ato sexual?
3)      Compensação: fazendo uma analogia ao consumismo por recompensar uma frustração, o ato sexual também pode ser uma forma de obter uma satisfação imediata por uma decepção, qualquer que seja.

Deixo aqui este texto e espero que tenha contribuído com a discussão sobre PAPA e Camisinha: faça, mas com consciência.



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