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Trânsito Escola

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Reflexo condicionado.

No final do século XIX e no início do século XX, um fisiologista russo chamado Ivan Pavlov (1849-1936), ao estudar a fisiologia do sistema gastrointestinal, fez uma das grandes descobertas científicas da atualidade: o reflexo condicionado. Foi uma das primeiras abordagens realmente objetivas e científicas ao estudo da aprendizagem, principalmente porque forneceu um modelo que podia ser verificado e explorado de inúmeras maneiras, usando a metodologia da fisiologia. Pavlov inaugurava, assim, a psicologia científica, acoplando-a a neurofisiologia. Por seus trabalhos, recebeu o prêmio Nobel concedido na área de Medicina e Fisiologia em 1904.

A experiência clássica de Pavlov é aquela do cão, a campainha e a salivação à vista de um pedaço de carne. Sempre que apresentamos ao cão um pedaço de carne, a visão da carne e sua olfação provocam salivação no animal. Se tocarmos uma campainha, qual o efeito sobre o animal? Uma reação de orientação. Ele simplesmente olha, vira a cabeça para ver de onde vem aquele estímulo sonoro. Se tocarmos a campainha e em seguida mostrarmos a carne, dando-a ao cão, e fizermos isso repetidamente, depois de certo número de vezes o simples tocar da campainha provoca salivação no animal, preparando o seu aparelho digestivo para receber a carne. A campainha torna-se um sinal da carne que virá depois. Todo o organismo do animal reage como se a carne já estivesse presente, com salivação, secreção digestiva, motricidade digestiva etc. Um estímulo que nada tem a ver com a alimentação, meramente sonoro, passa a ser capaz de provocar modificações digestivas.

Mas ele fez outra experiência: campainha, carne e choque. Condicionado ao toque da campainha o cão corria para comer a carne. Chegando nela – agora havia um fio onde suas extremidades estavam conectadas na carne e em uma tomada – o cão recebia um choque elétrico. Outro toque de campainha e o cão ia, mas agora desconfiado. Depois de alguns minutos tentou comer e não teve mais choque. A experiência alternava choque e não choque.

No final o cão ficou com medo de comer. Quando escutava o som da campainha ele salivava – fome e primeiro estímulo sem choque -, mas o corpo tremia – experiência com choque.

No final o cão não comia mais e ficava encostado em um canto.

Essa técnica foi usada maciçamente pelas indústrias de tabaco na década de 1980. Quem se lembra dos comerciais dessa época – procure comerciais relacionados ao cigarro Hollywood no You Tube – sabe que cigarro era sinônimo de aventura, diversão, ousadia, glamour, saúde, facilidade de conseguir um (a) namorado (a) etc.

Sempre no horário nobre da televisão brasileira passavam os comerciais de cigarros. Os empresários – graças aos profissionais da área de comunicação que conhecem teorias psicológicas – investiram bilhões de dólares na convecção e divulgação desses comerciais. Pelos estudos dos profissionais de comunicação sabiam que o cigarro iria vender por si mesmo: método persuasivo de pais para filhos.

Naquela época existia uma geração que desafiava os pais. Não havia mais aquela frase “faz o que mando e não olha o que eu faço” típica de pais que, exemplo do cigarro, fumavam e não queriam que os filhos fumassem.

Reflexo condicionado representa associação. Os que os comerciais dizem sobre um produto? Reparem o que tem neles. Há um produto, mas estão associados a eles pessoas, outros objetos e principalmente as emoções humanas.

Por isso sempre digo que consumo excessivo é um condicionamento feito para que as pessoas consumam sem pensar. Modismo é outra arma letal usada pelos empresários do ramo de venda. Sempre se devem analisar as tendências da moda.

Eu defendo a liberdade de pensamento e não o condicionamento maquiavélico por trás de alguns comerciais.

Defendo a liberdade de pensar, mas para isso é preciso sempre pesquisar.

O que deseja ser: um zumbi que segue o que mandam ou uma pessoa que age na lucidez?

Será que com isso irei sumir do mapa? rss


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