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Diversidades da vida

Diversidades da vida
O mundo é uma adversidade
Nada é igual e nem poderia ser senão a mesmice enlouqueceria qualquer mortal. São as diferenças que nos mostram possibilidades, aprendizagens. Mas muitas das diferenças não são lá tão diferentes. Cada qual deseja algo, mas como um quadro que contenha o que o pintor quer nos mínimos detalhes.


Relacionamentos são assim. Sempre há uma reclamação. Mas somos mortais.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
Nas rodas de amigos (as) se escuta muito “guerra dos sexos”.
“Ele é bom marido, mas não é organizado.”
“Ela não tem um corpo sarado, mas faz um sexo fenomenal.”
“Ele esquece sempre da data do nosso aniversário de casamento, mas não deixa de me elogiar quando coloco um vestido.”
“Ela sempre me liga para saber onde estou, contudo quando chego em casa me enche de amor.”
“Ele não tem cabelo, mas é trabalha exaustivamente para me dar conforto.”
“Ela ficou gorda depois da gravidez, mas continua carinhosa e romântica.”
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele. Isso que interessa. Na Guerra dos Sexos cada qual deveria ver mais as qualidades do que defeitos. Defeitos? E desde quando ser gordo(a), ser careca, não saber recitar poesias, não sorrir para uma piada improvisada é defeito, não levar jeito na dança do ventre é um defeito?
O ser humano quer ser perfeito sem ao menos saber o que é perfeito. Hoje quem vai a um shopping de chinelos não é um sacrilégio. No passado, quando surgiram os primeiros shoppings no Brasil era falta de bom senso e bom gosto – os desfiles nos shoppings tinham que ser de calça, sapato etc.; lembrava os tempos dos meus avôs que iam ao cinema de gravata e paletó.
Quem sabe não retorna a moda do paletó em shopping num dia de verão?
Reclamar faz parte da essência humana. Deixar de viver as pequenas alegrias também faz parte do ser humano.
É sintonia de momento. Nos acontecimentos da vida cada qual escolhe qual “estação” quer estar: tristeza ou felicidade.
Nada é eterno. Já se sabe. Mas saber regar a vida com colônia do coração é assegurar um relacionamento harmonioso e duradouro.
Escolhe-se muito e deixa-se passar oportunidades. Escolhe-se pela cor, pelo formato do rosto, pela condição social, pelo tipo de família que tem, pelos gostos.
Tem pessoas que andam com um questionário mental – uma entrevista para selecionar a pessoa certa – e, na primeira abordagem, lança-a sem pestanejar. Porcentagens. Mais defeitos que qualidades, descartado (a).
E pior ainda é a entrevista comparativa: “se a pessoa foi assim em outro relacionamento, então será comigo.”
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Cada pessoa é única assim como em todas as relações há particularidades.
E o que pode ser defeito para alguns poderão ser virtudes para outros.
É impressionante a rapidez de análise e veredicto em poucos minutos. Há pessoas que até aprendem grafologia para sondar a mente alheia. Mas qual ciência é cem por cento em relação ao amor, ao sucesso ou fracasso de um relacionamento?
Sites de encontros têm enormes bancos de dados dos usuários e apresentam possíveis pretendentes. Encontros marcados virtualmente começam a se enamorarem. Entre letras e emoticons um encontro pessoal.
Ih! A foto enganou, a pessoa é gaga, tem uma verruga atrás da orelha, o andar é como de um siri, e, além disso, tem cacoetes.
O teto da casa caiu e a privada entupiu. Argh! Desilusão. Perda de tempo. A pessoa já era.
Sonha-se tanto e não se permite a felicidade dizer: “Oi! Estou aqui. Não olhe, mas sinta!”
Há pessoas que vão a um encontro como se fosse a uma inquisição. Amizade antes de tudo deve ser o dilema.
Não simpatizou na hora com a outra pessoa – não obteve boa percentagem no questionário – não é motivo de descartar a outra pessoa como um papel de bala.
Se questionário respondesse tudo que se precisa a humanidade estaria livre dos terremotos, raios etc., pois saberia onde e como aconteceriam – e muito menos teríamos ônibus espaciais explodindo.
Permitir-se encontrar o par ideal é antes de tudo largar de mão os formulários de “bom” ou “ruim”, as experiências próprias de relacionamentos, as comparações com os relacionamentos anteriores do possível pretendente.
Nada disso irá contribuir para o conhecimento do pretendente, o autoconhecimento no presente relacionamento.
A mente está na lua e o corpo na Terra. Não há sintonia.
Não há com exatidão uma planilha de como ser feliz. Existe sim saber se relacionar: respeito, confiança, tolerância, compreensão, perdão, cumplicidade.
Dedo alheio na relação? Pode ser bom ou ruim. Bom quando se escuta e discerne enxergando a outra pessoa: como ela é na relação, o grau de compromisso firmado na manutenção sadia da relação, a busca por melhorias e sem causar danos a ela mesma. Ruim quando a pessoa pensa somente nela: não abre mão do que pensa e não atua de forma a constituir alicerces fortes para a duração do relacionamento.
Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam.
Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro?
Espera-se muito das outras pessoas. E relação não é uma troca onde “eu lhe dou isso se você fizer isso”. Diálogo sincero visando à harmonia do relacionamento.
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível.
Na vida e no amor, não temos garantias.
A única garantia de sucesso é se desempenhar no relacionamento sem esperar demais da outra pessoa. Há alguns seres humanos completos?
E sem essa que os relacionamentos do passado – do tempo de nossos avôs – eram frustrantes.
Havia mulheres que largaram todos os sonhos para ser tornarem donas de casa: cuidar dos filhos, do marido, da manutenção do lar. Em cada gesto que fazia – lavar um prato, pentear o filho, beijar o marido quando chegava em casa depois do trabalho etc. - era uma demonstração de afeto e amor pelo que sonhou: família.
E os homens daquela época só queriam sexo, mandavam na mulher com mandavam em um cão doméstico? Nada disso. Apesar das convenções sociais da época tinham homens que respeitavam as ideias da esposa e até seguiam; presenteava-a como forma de gratidão pelos cuidados prestados aos filhos; dividiam os serviços do lar; preparavam as refeições juntos etc.
Se admitir que seja uma mentira o exposto acima terá que admitir a existência de uma verdade suprema e incontestável. Assunto totalmente equivocado sem antes pesquisar a história humana.
Havia mulheres insatisfeitas em seres donas de casas? Sim.
Havia homens rudes que pensavam que mulher era ser inferior? Sim.
Havia homens que respeitavam as mulheres e as tratavam com respeito e amor? Sim.
Havia mulheres satisfeitas em serem donas de casa? Sim.
Existiam e existem pensamentos antagônicos e iguais. Cada pessoa defenderá o ponto de vista.
Isso representa a máxima de escutar as pessoas sem levar ao pé da letra. Não há uma verdade que fale como deve ser o relacionamento. Um bom exemplo é o machista e a feminista.
Cada qual defende um ponto de vista pessoal. Dois extremos.
Quando uma pessoa está insatisfeita com um relacionamento– qual o motivo da frustração; será unilateral o erro no relacionamento? – tende de ir para os extremos. Essa atitude de nada contribuirá para qualquer relacionamento. Poderia dizer que é o caso das feministas fervorosas e dos machistas intolerantes.
Chega-se a conclusão que nunca se deve admitir uma verdade como incontestável. Como dito, quem é perfeito?
Cada pessoa tem que saber, primeiramente, o tipo de relacionamento que deseja – aventura ou compromisso; não esperar perfeições na relação - similaridades completas; saber que uma relação envolvem duas pessoas e deve ter ações ao bem comum –, alguém tem que ceder, assim como contribuir, pois nada pode ser unilateral.
Em qualquer relação humana sempre existirá dualidades de gostos, ideias, filosofias de vida. A diferença entre coleguismo e namoro (noivado, casamento) está que no primeiro não há uma convivência de possuidor e possuído. Muitas pessoas pensam que noivado e casamento é posse: você é meu. Dessa posse há o medo de perda, surgem às desconfianças além da realidade, existe um controle maior sobre os atos alheio, deseja a pessoa sempre perto e não deseja dividir com ninguém – amizades, por exemplo; interessante que quando há namoro as pessoas se afastam do convívio social que tinham antes do namoro e se vê muito, por exemplo, o namorado não falar com uma amiga porque a namorada pode ficar com ciúmes.
Ciúme também é certa posse. Saudável até um limite que não venha a trazer brigas constantes ao relacionamento pela imaginação fértil – nem todo ciúme é imaginário, pois pode realmente ser que a outra parte dá muita atenção, flertes, para outras pessoas.
E quanto à amizade? Surgem também alguns pontos similares em relação ao namoro ou casamento: posse e confiança. Um amigo que traia a confiança recebida tem enormes chances de se tornar um colega ou até se tornar desprezível.
Quanto mais estreito for um relacionamento, mais se intensifica as emoções e se espera da outra pessoa confiança, esperança, segredo, desejos e retribuição na relação. Encontra-se numa amizade e relacionamento amoroso.
Coleguismo é um passatempo. Uma tênue linha que se pode se romper, pois há apenas uma pessoa para sair, se divertir, compactuar gostos. Não há um laço afetivo forte.
Enfim. Somos mortais e os deuses devem rir de nossas imperfeições e exigir perfeição das demais pessoas. Aliás, os deuses são perfeitos?
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