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Ditames da beleza

Ditames da beleza
O que é ter beleza? Ser belo (a)? O comportamento do ser humano varia conforme a mentalidade de cada época. Mas cada mentalidade advém do ser humano a visão que possui do mundo e de si mesmo diante de inúmeras interrogações pessoais.


O texto aqui presente tem o intuito de demonstrar e fazer com que as pessoas reflitam e saiam da “matrix” – entende-se por ser pelo simples fato de estar de acordo com a cultura local e não por uma busca pessoal onde se sente bem com as próprias escolhas e com elas ter realmente saúde física e mental.
No que diz respeito ao cabelo, podemos dizer que na Antiguidade Clássica as perucas eram bem vistas, enquanto que à medida que caminhávamos para a Idade Média, o cabelo falso era tomado como uma fuga aos cânones ditados pela palavra do Evangelho. Este não dava indicações precisas, mas a interpretação por parte dos teólogos de livros como o Cântico dos Cânticos dava a entender que a mulher se devia mostrar o mais próximo possível da Virgem, o símbolo máximo de beleza, e por isso, o mais natural possível para agradar a Deus e não aos homens.

Mais tarde, no Renascimento, havia uma espécie de código quanto aos cabelos femininos: se uma mulher era retratada com os cabelos soltos, era porque era virgem, se não, tinha de ser casada.
Em relação ao rosto, destacamos duas curiosidades: os sinais que as senhoras do séc. XVII colocavam e as grandes testas do séc. XV e XVI. Os sinais eram recortados de veludo preto e colados à face ou ao peito com gordura animal. Na época das testas altas, os cabelos eram – pasme-se – arrancados com uma pinça (ou instrumento parecido), um a um.
As mulheres que queriam aproximar-se das Virgens deixavam o corpo solto, os seios separados, firmes e pequenos, muito redondos a afastados. Não eram seios para um homem tocar ou beijar, mas para uma criança mamar.

O espartilho veio mudar essa forma da mulher se apresentar. A mulher de Luís XIV, por exemplo, conseguiu, à custa do espartilho, uma cintura de 33 cm. Ora isto provocava deformações sérias no corpo, dificuldades em respirar e problemas hepáticos. No entanto até muito tarde o espartilho foi sinônimo de beleza e só foi substituído muito gradualmente: primeiro pela cinta, depois pelos corpetes, os soutiens foguetão e por fim, a liberdade total. Quanto à cor da pele, é sabido que desde sempre a tez pálida foi à preferida. E a razão é simples: a brancura alva de um colo de uma mulher mostrava a sua condição social. Só as pessoas que trabalhavam no campo, de sol a sol, tinham a pele curtida e por isso, os morenos eram os mais pobres, ao contrário do que acontece hoje em dia.
O uso do tabaco teve importância social e cresceu ao longo dos anos, a ponto de mulheres fumantes terem sido simbolizadas como "modernas e liberais" durante a primeira metade do século XX.
Em muitas sociedades, com o passar do tempo, o foco das zonas erógenas secundárias passou por tornozelos, pescoços e joelhos, com penteados que foram mudando de acordo com a moda.
Nos anos 1950, Marilyn Monroe era o modelo de beleza feminina. Hoje, ela seria convidada a assistir às reuniões dos Vigilantes do Peso.

Nos meados dos anos 1980 surge o culto a magreza. Começa a fase da cultura lipófoba, o horror a tudo que é mole, relaxado, gordo e sobre os obesos recai estigma moral. Tomou acentuada força com as descobertas cientificas sobre excesso de peso e doenças coronarianas
Atualmente o padrão de beleza no Brasil é de ter nádegas e coxas avantajadas. Há uma minoria de homens que gostam de mulheres musculosas. O ideal seria ter coxas grossas, bumbum proeminente, seios grandes, cintura fina, sem barriga e pouca gordura – mas não a ficar definida.

Essas características têm levado conglomerados de mulheres a procurarem centros cirúrgicos para poderem estar de acordo com a moda.
Os processos atuais da construção de corpos femininos, tanto no sentido de práticas corporais (regimes exaustivos de exercício, dieta, cirurgias cosméticas ligadas à fantasia do 'aperfeiçoamento' do corpo, segundo padrões estabelecidos de beleza, e preocupações - em proporções obsessivas - com a aparência, a moda, como ditado por uma indústria cultural que sustenta a cultura do narcisismo) quanto no sentido das imagens culturais nas quais tais práticas se apoiam.

Os diários de meninas adolescentes de outras épocas eram escritos principalmente sobre os desafios de amadurecimento do caráter; hoje em dia, a preocupação central gira em torno da aparência física e da apresentação do corpo para os outros. Para essas meninas, a autoestima parece depender muito mais do tamanho do nariz, da cintura ou das pernas do que da maneira como desenvolvam capacidades de relacionamento com o mundo.
O corpo 'feminino' é padronizado em termos de tamanho (altura, corpulência, etc.), forma (curvas, firmeza ou ausência de musculatura, etc.), postura e movimento.
Atualmente há uma padronização perversa que não respeita as características anatômicas de cada cultura. O que faz lembrar muito do conceito de “raça ariana”: perfeita quanto à cor dos olhos, altura ideal, corpo ideal etc.

Espero que com este texto bem resumido tenha chegado ao propósito: antes de tudo pessoas são pessoas e não devem ser medidas e muito menos catalogadas pelos caracteres que possuem versus modismo.
Muitas mulheres têm desistido de ser mãe para não engordarem; outras vivem tomando medicamentos que ora engorda, ora emagrece; há uma legião que toma anabolizantes para ter um corpo musculoso à custa de própria saúde; existem milhares de pessoas que se tornaram bulímicas ou anorexias etc.
É interessante analisar que quando as mulheres usavam roupas cobrindo boa parte do corpo não havia tanta preocupação com estrias, celulite e gordura localizada. E se formos mais além iremos ver que houve períodos da história humana que gordinha era sinônimo de beleza e não de feiura. Somente quando as mulheres passaram a demonstrar mais o corpo, meados do século XX, houve a preocupação com as “imperfeições”.
As pessoas estão se suicidando lentamente por modismos. Quem “lucra” com isso tudo, infelizmente, são os empresários, clínicas, cirurgiões plásticos etc.


Moda é o de agora; estilo é perene. Moda é algo que você segue; estilo é algo que você cria. Moda é fazer parte de uma manada, estar com a multidão; estilo é algo sobre a visão pessoal de cada um, sobre suas particularidade e esquisitices.
Certo que as pessoas devem visar principalmente a própria saúde. Exercícios físicos (anaeróbico e aeróbico) alimentação balanceada e nutritiva ajudam no controle, manutenção de peso corporal e prevenção as doenças. Plástica só deveria ser feita quando há necessidade: queimaduras, deformação por acidente ou doença, obesidade mórbida etc. – e não puramente seguir tendências de moda.
Já dizia Hipócrates: “Que seu alimento seja seu remédio e seu remédio seu alimento”.

As pessoas devem se cuidar, mas jamais deixarem de ser racionais.
Quando se quer muito mudar algo em si é um descontentamento interior. As pessoas tentam compensar suas frustrações e angústias. Um dos motivos de tantos distúrbios mentais é o narcisismo.
Quando uma pessoa não consegue um pretendente pode se autoculpar: sou gorda, tenho nariz grande; sou muito magra, tenho nariz pequeno. Dessa forma de pensar procurará: fazer uma dieta, lipoaspiração, cirurgia plástica.
É notório em adolescente que saem à noite para os bares e locais festivos. Quando não consegue beijar, ficar com alguma pessoa, se sente feio, com defeitos. Buscarão então meios de ser atraente.
Quem negligencia a própria saúde em detrimento da moda não valoriza a própria vida.
Ah! Quase esqueci. Os homens estão entrando na ciranda. Implantes de silicone – parecem que malha e tem “músculos” desenvolvidos, uso de anabolizantes até para cavalo etc.
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